De visita esta manhã às comunidades no Sul de Israel afectadas pelos constantes ataques vindos da Faixa de Gaza, seja através de rockets, de balões e papagaios incendiários, de tentativas de furar a vedação, etc., o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Liberman prometeu aos residentes que "se o Hamas nos continuar a empurrar para outra operação (militar), iremos tê-la mesmo."
E acrescentou, diante dos habitantes de Sderot, uma das cidades mais "martirizadas" junto à fronteira com Gaza: "Qualquer pessoa ciente das suas funções que vê plantações a arder e milhares de hectares de terrenos queimados irá compreender que isso não é aceitável."
"Aceitar tal realidade, em que no final da semana os residentes nas localidades próximas da Faixa de Gaza têm de correr 20 vezes para os seus abrigos anti-bomba ou preparar a sua sala segura como parte das preparações para o Shabbat - isso é intolerável."
"O HAMAS ESTÁ A EMPURRAR ISRAEL PARA A GUERRA"
Segundo Liberman, os líderes do Hamas estão a empurrar Israel para a condução de uma operação militar de grande escala, uma situação "em que precisaremos de dar início a uma operação militar debilitadora de grande escala, não apenas uma operação que aparente sê-lo. Penso que numa situação dessas toda a responsabilidade recai sobre os cabeças do Hamas, mas, infelizmente, os residentes civis de Gaza terão de pagar o preço."
Liberman também encorajou a população de Gaza a "pôr pressão sobre o Hamas, para que mude de direcção e de equação."
"A cada dia que passa, o Hamas continua - e não hajam ilusões ou mal entendidos: isto não é espontâneo. Não são as crianças, não é a população, são os líderes do Hamas que estão a iniciar todos esses fogos, a enviar todos os engenhos incendiários e a provocar os incidentes na fronteira."
"O HAMAS É INSENSÍVEL À VIDA HUMANA"
E, tal como lhe é conhecida a frontalidade com que se expressa, Liberman fez uma dura condenação aos membros do grupo terrorista Hamas: "O Hamas é insensível à vida humana. Pelo contrário: segundo a sua perspectiva, cada pessoa morta é uma "shahid" (mártir) e uma arma a usar contra Israel. Eles não são sensíveis à perda de vidas humanas. São sensíveis aos seus locais de produção e aos seus túneis, que é aquilo com que tivemos de lidar em primeiro lugar. Só neste último fim de semana, nós despejámos quase 50 toneladas de munições sobre esses mesmos pontos estratégicos pertencentes ao Hamas, e penso que a nossa mensagem foi entendida. E se não o foi, precisamos de continuar."
Liberman avançou ainda que a haver uma nova operação, ela será muito mais devastadora do que a que decorreu em 2014.
O governo de Israel não tem contacto directo com o Hamas, servindo-se no entanto de mediadores egípcios ou das próprias Nações Unidas.
Shalom, Israel!
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