sexta-feira, julho 20, 2018

"O HAMAS ESTÁ A EMPURRAR-NOS PARA UMA GRANDE OPERAÇÃO MILITAR"

De visita esta manhã às comunidades no Sul de Israel afectadas pelos constantes ataques vindos da Faixa de Gaza, seja através de rockets, de balões e papagaios incendiários, de tentativas de furar a vedação, etc., o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Liberman prometeu aos residentes que "se o Hamas nos continuar a empurrar para outra operação (militar), iremos tê-la mesmo."
E acrescentou, diante dos habitantes de Sderot, uma das cidades mais "martirizadas" junto à fronteira com Gaza: "Qualquer pessoa ciente das suas funções que vê plantações a arder e milhares de hectares de terrenos queimados irá compreender que isso não é aceitável."
"Aceitar tal realidade, em que no final da semana os residentes nas localidades próximas da Faixa de Gaza têm de correr 20 vezes para os seus abrigos anti-bomba ou preparar a sua sala segura como parte das preparações para o Shabbat - isso é intolerável."

"O HAMAS ESTÁ A EMPURRAR ISRAEL PARA A GUERRA"
Segundo Liberman, os líderes do Hamas estão a empurrar Israel para a condução de uma operação militar de grande escala, uma situação "em que precisaremos de dar início a uma operação militar debilitadora de grande escala, não apenas uma operação que aparente sê-lo. Penso que numa situação dessas toda a responsabilidade recai sobre os cabeças do Hamas, mas, infelizmente, os residentes civis de Gaza terão de pagar o preço."
Liberman também encorajou a população de Gaza a "pôr pressão sobre o Hamas, para que mude de direcção e de equação."
"A cada dia que passa, o Hamas continua - e não hajam ilusões ou mal entendidos: isto não é espontâneo. Não são as crianças, não é a população, são os líderes do Hamas que estão a iniciar todos esses fogos, a enviar todos os engenhos incendiários e a provocar os incidentes na fronteira."

"O HAMAS É INSENSÍVEL À VIDA HUMANA"
E, tal como lhe é conhecida a frontalidade com que se expressa, Liberman fez uma dura condenação aos membros do grupo terrorista Hamas: "O Hamas é insensível à vida humana. Pelo contrário: segundo a sua perspectiva, cada pessoa morta é uma "shahid" (mártir) e uma arma a usar contra Israel. Eles não são sensíveis à perda de vidas humanas. São sensíveis aos seus locais de produção e aos seus túneis, que é aquilo com que tivemos de lidar em primeiro lugar. Só neste último fim de semana, nós despejámos quase 50 toneladas de munições sobre esses mesmos pontos estratégicos pertencentes ao Hamas, e penso que a nossa mensagem foi entendida. E se não o foi, precisamos de continuar."
Liberman avançou ainda que a haver uma nova operação, ela será muito mais devastadora do que a que decorreu em 2014.
O governo de Israel não tem contacto directo com o Hamas, servindo-se no entanto de mediadores egípcios ou das próprias Nações Unidas.

Shalom, Israel!

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