sábado, setembro 01, 2018

CRÓNICAS DE UMA MEMORÁVEL EXCURSÃO A ISRAEL - Iª parte

Descrever por palavras escritas os sentimentos e emoções de 59 pessoas que visitaram comigo Israel, muitos pela primeira vez, é tarefa ingrata e irremediavelmente injusta, uma vez que muito ficará por dizer e assimilar. 
Resta-nos não só a alegria de poder participar em mais esta incansável visita à Terra Santa, como escutar e ler os muitos comentários dos participantes, muitos até repletos de promessas de um próximo regresso a Israel. É que Israel exige mais de nós do que uma simples e ocasional visita: para perceber aquela terra e povo, é necessário passar por lá várias vezes ao longo do trajecto de vida, quase que fazendo da viagem uma obrigação pessoal e um roteiro indispensável ao entendimento cabal das realidades da terra, do povo e suas ligações com as Sagradas Escrituras. 

Bem sei que nem todos vivem e sentem a experiência da mesma forma. Mas todos aproveitam algo que não vão querer perder, e, mais tarde ou mais cedo, não resistem a uma segunda, terceira, ou quarta visitas àquela que se tornou a sua terra de eleição.
Para a maioria dos cristãos que visitam Israel nasce uma insaciável vontade de conhecer mais e mais, compreender mais e mais, até que se torna parte do nosso ADN espiritual e emocional. É uma "doença" sem cura, mas uma boa doença...

GRUPO DIVERSIFICADO
Esta nossa excursão contou com uma maioria de portugueses, mas também de brasileiros residentes em Portugal, e ainda participantes vindos propositadamente do Brasil, EUA e Luxemburgo.
Na nossa viagem no barco que atravessou parte do lago da Galiléia pudemos desfraldar as bandeiras de Portugal e do Brasil e entoar os respectivos hinos nacionais. E cantou-se com entusiasmo. Mesmo assim, nada conseguiu superar as 3 canções entoadas por um nosso irmão judeu messiânico, num hebraico que, conquanto difícil de pronunciar, vai lentamente penetrando na nossa mente e coração.

23 de AGOSTO - Chegados ao aeroporto internacional de Ben Gurion, uma construção majestosa mas eficiente, o grupo vindo de Lisboa esperou pacientemente mais de duas horas pelos vinte oriundos do Porto, iniciando-se o programa com os irreparáveis atrasos, tanto mais que com uma noite sem dormir nos aviões e o excessivo calor de Tel Aviv, a lentidão e o cansaço foram pouco a pouco tomando conta de quase todos. 

Nem o pequeno-almoço bem ao estilo árabe tomado num restaurante na cidade de JAFFA (Jope bíblica) conseguiu fazer recuperar totalmente as forças destes 59 heróis...
Mas que ajudou, lá isso ajudou...


TEL AVIV
Mesmo assim, pudemos visitar a Sala da Independência, onde em 14 de Maio de 1948 o então primeiro-ministro David ben Gurion proferiu a declaração de independência do estado de Israel. Quisemos estar ali, naquela sala histórica e posar com as bandeiras dos nossos países, num momento único e irrepetível, na emocionante comemoração dos 70 anos do estado moderno de Israel.

A visita a MEGIDDO teve de ser encurtada por problemas de horário e devido ao elevado calor que se fazia sentir, mas mesmo assim foi possível observar o extenso vale onde se travou a primeira batalha registada na História, e onde sabemos será travada a "mãe de todas as batalhas", quando o Messias Jesus vier triunfalmente dos céus, juntamente com as miríades de exércitos celestiais e com os Seus santos, desferindo uma terrível derrota sobre os milhões que ali se irão reunir para tentar aniquilar Israel. Será a última batalha da História antes da vinda triunfal do Reino Milenar de nosso Senhor Jesus Cristo. E será dali que o Anticristo e o falso profeta serão atirados para o inferno, que há muito os espera.

NAZARÉ! Quem não sonha em conhecer esta cidade actualmente árabe onde o nosso Senhor Jesus viveu a maior parte dos Seus anos? Ali Ele Se desenvolveu física e mentalmente, ali Ele trabalhou como carpinteiro de construção civil, ali Ele Se dedicou ao estudo da Torah, ali Ele experimentou mais tarde a rejeição e a perseguição dos Seus conterrâneos, desiludidos e revoltados com a Sua interpretação do texto messiânico de Isaías. 

Limitados no tempo, o grupo conseguiu mesmo assim conhecer alguns dos aspectos da "aldeia de Nazaré", uma reconstituição arqueológica e histórica daquilo que seria a pequena aldeia nos dias do nosso Senhor. Muitos foram os que ficaram deliciados com a apresentação do "carpinteiro" José e da "tecedeira" Maria, mostrando-nos como se trabalhava e que tipos de materiais eram usados naquela época. A explicação feita na sinagoga construída segundo o modelo encontrado em Massada encerrou a visita e o dia da melhor forma.
Restava o jantar e o sono merecido após quase 48 horas sem pregar olho. E dormir em Tiberíades, a escassas centenas de metros do lago da Galiléia, é uma sensação inesquecível...

Continua...



1 comentário:

Jeferson Martiniano disse...

Realmente ir e participar desta maravilhosa viagem à ISRAEL é sem dúvida algo incomparável! 💟