terça-feira, fevereiro 12, 2019

FRANÇA PROMETE RESPOSTA FIRME AO AUMENTO DE 74% NOS ACTOS DE ANTI-SEMITISMO EM 2018

Padaria judaica conspurcada com o epíteto "Juden"
(judeu, em alemão), tal como nos anos 30...
O governo francês reagiu com indignação aos dados hoje divulgados que referem um dramático aumento de actos de anti-semitismo durante o ano passado, afirmando que "crescem como veneno", e tentando relacionar tais actos às manifestações de protesto dos chamados "coletes amarelos."
O governo francês apelou a uma firme resposta aos actos de anti-semitismo praticados durante este passado fim de semana, e que incluíram grafitis e vandalismo.
O porta-voz do governo francês Benjamin Griveaux urgiu a polícia a investigar as origens, sugerindo ao mesmo tempo que o dramático acréscimo destes ataques se deverá atribuir a activistas da extrema esquerda e da extrema direita que têm vindo a infiltrar nos protestos semanais promovidos pelos "coletes amarelos."
"Não estamos a falar dos protestantes que estão em luta para ver as suas necessidades respondidas" - afirmou Griveaux à cadeia 2 da TV francesa, acrescentando: "Mas aqueles que andam a cometer actos violentos, actos claramente anti-semitas ou actos racistas, devem ser incriminados e severamente punidos" - afirmou.
O que o ministro esquece é que os actos anti-semitas precedem há muito as manifestações dos "coletes amarelos", não havendo inclusivamente provas da ligação entre os dois acontecimentos.

AUMENTO DE 74 POR CENTO
Ontem mesmo o ministro do Interior francês Cristopher Castaner revelou que o número de ofensas anti-judaicas reportadas à polícia em 2018 tiveram um aumento de 74% face ao ano anterior, ou seja: 541 contra 311 em 2017.
Na declaração de hoje, Castaner confirmou que este número inclui 183 assaltos e pelo menos um homicídio, com 358 actos de ameaças ou insultos anti-semitas.
"O anti-semitismo está-se a espalhar como veneno" - afirmou Castaner quando visitava um memorial nos arredores de Paris em memória de um jovem judeu que foi torturado até à morte em 2006.
Uma árvore que havia sido plantada no local da execução do jovem judeu foi derrubada, e uma segunda árvore que ali foi plantada foi recentemente serrada a meio.
Nestes últimos dias a palavra "Juden" (judeu, em alemão) foi escrita na vitrina de uma padaria judaica em Paris, e várias suásticas foram pintadas em caixas de correio em Paris decoradas com um retrato da antiga ministra e sobrevivente do Holocausto Simone Veil.
Várias outras obscenidades têm sido encontradas um pouco por todo o lado, tais como "porco judeu" e afins.
A França acolhe a maior população judaica de toda a Europa e a comunidade tem sido alvo de ataques jihadistas nestes últimos anos.

IGREJAS VANDALIZADAS
Numa mensagem de Twitter, a líder do partido da extrema-direita Marine le Pen denunciou "um rápido surgimento de actos anti-semitas e de vandalismo de lugares de culto cristão."
Segundo informações da polícia, só na semana passada foram vandalizadas 5 igrejas em todo o território francês.

Shalom, Israel!


1 comentário:

Victor Nunes disse...

Foi a imigração muçulmana eles trazem a morte