segunda-feira, junho 24, 2019

"FAREMOS SEJA O QUE FOR PARA IMPEDIR UM IRÃO NUCLEAR" - AFIRMOU NETANYAHU AO RESPONSÁVEL RUSSO, NO ENCONTRO EM JERUSALÉM

O primeiro-ministro de Israel Netanyahu alertou de forma clara o chefe da segurança máxima da Rússia, pouco antes da reunião de hoje realizada na capital israelita, que Israel "fará seja o que for preciso" para impedir que o Irão consiga armas nucleares.
"Estou certo de que a Rússia compreende o que para nós significa um regime apela à nossa aniquilação, e age numa base diária para alcançar esse objectivo" - afirmou Netanyahu esta manhã ao enviado russo Nikolai Patrushev. 
"Israel não permitirá que um Irão que apela à nossa aniquilação se entrincheire na nossa fronteira, e faremos tudo o que for preciso para impedir que ele consiga armas nucleares" - enfatizou o primeiro-ministro.
Esta reunião hoje realizada no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém antecede o primeiro encontro trilateral a realizar amanhã com representantes máximos dos EUA, Rússia e Israel. Estarão ali representados na capital israelita os conselheiros para a segurança nacional John Bolton, pelos EUA, Patrushev, pela Rússia, e Meir Ben Shabbat, por Israel. 
"A cooperação entre Israel e a Rússia para a segurança já contribuiu imenso para a segurança e a estabilidade da nossa região, e alterou profundamente a situação regional" - afirmou Netanyahu.

A RÚSSIA E A SEGURANÇA DE ISRAEL
Numa declaração aos repórteres presentes, o enviado russo informou que a cimeira a realizar amanhã entre as 2 potências mundiais e Israel terá como foco "a situação regional, especialmente na Síria", dando também uma ênfase especial às preocupações de segurança por parte de Israel.
"Prestamos uma atenção especial para garantir a segurança de Israel" - afirmou, identificando a situação como "um interesse especial para nós, uma vez que aqui em Israel vivem quase 2 milhões de russos. Israel apoia-nos em diversos canais, incluindo a ONU. O primeiro-ministro (Netanyahu) já disse que partilhamos os mesmos pontos de vista na questão da falsificação da História da Segunda Guerra Mundial."
Patrushev adiantou ainda que, entre outras coisas a abordar com o seu par norte-americano estarão "várias ideias sobre como alcançar a paz na nossa região. E uma vez chegados a acordo, deveremos acrescentar outros estados na região a este formato."
O responsável russo tem tentado "navegar" no meio do conflito entre Israel e o Irão sem comprometer a relação que mantém com ambos os países. No entanto, o mesmo responsável já afirmou que, em relação ao encontro trilateral, irá apoiar as posições iranianas. 
"O Irão está na Síria a convite do governo legítimo daquele país e está activamente envolvido no ataque ao terrorismo. É por isso que temos de levar em conta os interesses do Irão" - afirmou o responsável russo, confirmando mais uma vez que na realidade a Rússia apoia o regime mais promotor do terrorismo islâmico, como é o caso do Irão no seu apoio aos grupos terroristas do Hezbollah e do Hamas.

Por parte dos norte-americanos, sabe-se que o seu representante irá dizer ao seu par russo que o Irão tem de sair da Síria, citando a ausência de qualquer papel positivo do Irão na Síria, bem como em outros lugares: Líbano, Iraque e Iémen. 

CONFRONTO DE ALIANÇAS
A cimeira presenciará certamente um duelo e um encontro de interesses antagónicos e incontornáveis: por um lado, a Rússia, com o seu firme apoio a Teerão e a Damasco, por outro, Washington, com o seu fiel apoio a Jerusalém, ambos tendo o Irão como um grande, senão até o pio inimigo...

Shalom, Israel!

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