Continua a extensa marcha pela libertação do soldado Schalit, em cativeiro há 4 anos na Faixa de Gaza, às mãos dos terroristas do Hamas.
À frente da marcha (veja na foto) os pais do soldado, e a solidariedade é neste momento a nível nacional. Cerca de 10.000 pessoas estão caminhando esta manhã pela região de Sharon, passando pela cidade de Netanya, prevendo-se que neste fim de tarde celebrem o Shabbat perto da casa particular do primeiro ministro Netanyahu, em Cesaréia. Por onde quer que os manifestantes passem, há muitos aplausos, e, segundo os organizadores, o número já tem alcançado as 17 mil pessoas.
Durante o fim de semana, os manifestantes descansarão no kibbutz Shefayim, antes de partirem para Tel Aviv no Domingo de manhã.
"Mais e mais pessoas vão reconhecendo que não temos feito o suficiente" - afirmou Shimshon Liebman, um dos organizadores do evento.
A idéia é demonstrar ao primeiro ministro que há um forte apoio popular à decisão que ele possa tomar para libertar o soldado Schalit.
Netanyahu fez ontem uma declaração pública à nação, alegando que "todos queremos trazer Gilad de volta, mas não a qualquer preço".
"O apelo para que se pague qualquer preço é um grito natural do coração do seu pai, mãe, avós, irmãos e irmãs" - continuou Netanyahu - "e como irmão, pai, e filho que também sou, compreendo este clamor das profundezas do meu coração. Mas vejo perante mim a segurança dos cidadãos de Israel, tal como qualquer primeiro ministro israelita verá."
"O Estado de Israel está disposto a pagar um preço pesado pela libertação de Schalit, mas não qualquer preço. Esta é a verdade, e eu digo-a agora. Continuaremos a fazer todos os esforços...para trazer Gilad rapidamente para casa. Mas isso será feito preservando ao mesmo tempo a segurança dos cidadãos israelitas".
Há no entanto um sentimento de "déja vu" na mente dos manifestantes, uma vez que, segundo eles, Netanyahu está repetindo o discurso anterior, e o governo continua paralisado, sem tomar qualquer acção válida.
Entendemos não ser fácil para o primeiro ministro. Por um lado, os sentimentos e emoções de toda uma nação, por outro a dificuldade em negociar com um grupo de indivíduos irracionais, uma escória sub-humana que não respeita qualquer espécie de direito, e que exige como "moeda de troca" para a libertação do soldado cativo, a libertação de um bando de mais de 1.000 criminosos palestinianos. Não é um "negócio" fácil, e a nossa solidariedade vai para a família de Schalit, mas também para o primeiro ministro, a braços com tão difícil decisão.
Shalom, Israel!
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