Contrariando informações divulgadas ontem de que o barco com "ajuda humanitária" da Líbia iria ser encaminhado para o Egipto, o director executivo da organização responsável por este envio informou hoje que o barco está em viagem para território palestiniano, apesar de notícias que davam conta do contrário. Afirmou ainda que a organização não quer "causar provocações". Por outro lado, o chairman do "Comité Popular contra o Cerco" informou que a tripulação não se renderá às "ameaças sionistas".
Segundo o responsável por esta organização, o barco moldavo Amalthea encontra-se hoje junto à ilha grega de Creta, a 70 horas de alcançar Gaza, não querendo "causar qualquer provocação a Israel", excepto chegar a Gaza "para entregar 2.000 toneladas de comida (arroz, açúcar e óleo de milho e pasta de azeitona) e ajuda médica".
Apesar da pressão internacional tentada por Israel, mesmo junto das Nações Unidas, Saif al-Islam, o filho do ditador/criminoso Khadafi, líder desta iniciativa, respondeu à contestação israelita nestas palavras: "Não me detenho com as ameaças. A nossa missão é humanitária e esta não é uma operação militar nem um acto terrorista".
O embaixador americano na Líbia já protestou contra a iniciativa, alegando que a mesma "constitui uma provocação".
A Líbia tem já entretanto rejeitado tentativas feitas por norte-americanos de associar esta questão das flotilhas com a possível reabertura do processo do atentado líbio no voo 103 da Pan Am sobre a Escócia, em 1988.
Israel está entretanto a acompanhar o andamento do navio. Uma fonte da Marinha de Israel informou ontem que "qualquer desvio da rota original, levando o navio a Gaza, será bloqueado pela Marinha. No caso dos tripulantes não seguirem as nossas instruções para parar e permitir que barcos da Armada os escoltem, não hesitaremos em usar outros métodos para os deter".
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman já informou hoje mesmo através da rádio do exército que "nenhum navio de nenhuma espécie entrará em Gaza." E acrescentou: "Espero que prevaleça o bom senso. Eles podem levar a ajuda para Gaza ao porto egípcio de El-Arish, ou a Ashdod".
Esperamos também que o bom senso prevaleça. O que não será muito fácil por parte daqueles que promovem estas iniciativas sob o manto da "ajuda humanitária", sabendo-se claramente que o verdadeiro objectivo é mais uma vez a confrontação, para que o mundo "civilizado" se volte mais uma vez contra Israel...o habitual. Déjà vu...
Shalom, Israel!
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