Grupos de lobbies representando os sectores islâmicos estão rapidamente conquistando espaço nas relações da Europa com o estado de Israel e o Médio Oriente - assim crê o escritor Soeren Kern num longo e bem referenciado artigo entitulado "O Lobby Islâmico Europeu" publicado na semana passada no jornal Hudson New York. No artigo, Kern relata que só na Inglaterra há 3 milhões de muçulmanos. Na França, ainda mais: 4,1 milhões. E na Alemanha, lar da maior comunidade islâmica na Europa, vivem mais de 4,5 milhões.
"Alguns países europeus, por exemplo, desejosos de manterem boas relações com as comunidades muçulmanas locais, estão estabelecendo as bases políticas para que a União Europeia reconheça um estado palestiniano, provavelmente já em Outubro de 2011, mesmo que as negociações para um acordo permanente entre Israel e a Autoridade Palestiniana não estejam concluídas - num total desrespeito pelos acordos da ONU assinados nos acordos de Oslo" - explica Kern.
Em Dezembro de 2009, a União Europeia adoptou pela primeira vez uma resolução que explicitamente apelava a que Jerusalém se tornasse na futura capital do esperado país da Palestina - acrescenta o autor. Em Dezembro de 2010, um grupo de antigos líderes da UE publicaram uma carta apelando à UE para que implementasse sanções contra Israel, para forçar o estado judaico a curvar-se diante da vontade da Autoridade Palestiniana.
O continente europeu também se tem tornado solo fértil para a "guerra de leis" - processos legais que visam embaraçar líderes actuais e ex-líderes do estado de Israel, eventualmente votando em mais líderes anti-sionistas, ao mesmo tempo que tentando deslegitimizar o seu estatuto e paralisando a sua capacidade para agir contra o terrorismo.
E à medida que os líderes europeus demonizam progressivamente Israel, a praça pública europeia torna-se cada vez mais convencida do "mal" do estado judaico, votando eventualmente em mais líderes anti-sionistas que promovam mais políticas anti-Israel, e assim o círculo do ódio vai-se lentamente apertando num nó à volta do pescoço de Israel.
Segundo o artigo de Kern, uma pesquisa recentemente realizada pela Universidade de Bielefeld demonstrou que mais de cinquenta por cento dos alemães igualavam as políticas israelitas para com os árabes da AP com o tratamento dado pelos nazis aos judeus. Um estudo comissionado pelo Centro Europeu de Monitorização do Racismo e Xenofobia - agora chamado Agência Europeia para os Direitos Fundamentais - revelou que os imigrantes muçulmanos eram em grande parte os responsáveis pelo brusco aumento da violência anti-semítica na Europa.
Na Europa, onde o Islão é a religião que mais cresce, e onde o número de muçulmanos triplicou nas últimas três décadas "como se prognosticava, os grupos lobby muçulmanos pressionaram a UE para que impedisse esse estudo de ser publicado para o público" - escreveu Kern, com uma sinistra ironia.
Preocupante? Sim, e muito! Mas, tal como tem acontecido ao longo da História, estas "verdades inconvenientes" são logo abafadas em nome da famigerada "tolerância religiosa", até que o (in)esperado aconteça.
E aí, talvez já seja tarde demais...
Shalom, Israel!
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