sexta-feira, março 16, 2012

IGREJA BAPTISTA EM BELÉM DECLARADA ILEGÍTIMA PELA AUTORIDADE PALESTINIANA

Uma semana após o primeiro-ministro palestiniano Salam Fayyad ter dito a uma audiência de protestantes evangélicos do mundo inteiro que o seu governo respeitava os direitos das minorias, representantes da Autoridade Palestiniana informaram o pastor Naim Khoury, de Belém, que a sua igreja não possuía autoridade para funcionar como uma instituição religiosa sob a AP.
A Igreja pode ainda reunir-se para oração, por agora, mas a decisão da AP divulgada no Sábado terá um impacto real sobre os membros da Primeira Igreja Baptista que sofreu numerosos ataques bombistas durante a primeira Intifada.
"Eles disseram que a nossa legitimidade como igreja a partir do ponto de vista governamental não é aprovada" - disse Steven, filho de Khoury, que serve como pastor assistente na Primeira Igreja Baptista de Belém.
"Eles disseram que não irão reconhecer qualquer documentação da nossa igreja. Isso inclui certificados de nascimento, certificados de casamento e certificados de óbito. As crianças não são sequer consideradas legítimas se não tiverem documentos reconhecidos".  
A ironia, segundo Steven, é que o anúncio da AP vem logo depois da Conferência "Cristo no posto de controle", que se realizou entre 5 e 9 de Março e que juntou cerca de 600 protestantes evangélicos de todo o mundo (maioritariamente dos EUA) para discutir a teologia do Sionismo Cristão, que alguns evangélicos acreditam aumenta a perspectiva de violência no Médio Oriente e dá apoio às políticas israelitas de que eles não gostam.
Durante a noite de abertura da conferência, o primeiro-ministro Fayyad disse à assembleia que o seu governo respeitava os direitos dos cristãos. Nas palavras de Fayyad, os palestinianos celebram as festas religiosas, representantes da AP assistem às celebrações de Natal e até assistem à missa do galo.
"Isto é o que significa ser palestiniano" - disse Fayyad, acrescentando que a AP sente um profundo sentido de responsabilidade pelos lugares santos e que permitirá o acesso ilimitado aos locais de significado espiritual nas áreas sob seu controle.
No entanto, há entre os cristãos de Belém um sentimento de que uma animosidade anti-cristã tem-se tornado pior na cidade nos últimos anos. Khoury disse: "As pessoas estão sempre a dizer: 'Convertam-se ao Islão. Convertam-se ao Islão. É a religião justa e verdadeira.'"
Esta é a segunda vez que a igreja é informada que está operando sem a sanção da AP. Outras igrejas em Belém são deixadas por conta própria e, segundo Khoury, o amor da Igreja para com o povo judeu e árabe e a sua crença de que ambos podem viver na terra em paz pode ter desempenhado um papael crucial na decisão da AP. Antes da AP, a Igreja, que foi fundada em 1980, nunca teve qualquer problema com a sua documentação.
Segundo Khoury "Acreditamos que são pessoas que não gostam do que nós fazemos e da mensagem que oferecemos".
A mensagem de reconciliação que a igreja oferece paira na face da propaganda que permeia a sociedade palestiniana. Os clérigos islâmicos fazem constantemente apelos anti-semitas na televisão da AP e os assim-chamados activistas pela paz têm transformado secções da barreira de segurança em Belém em espaços de propaganda, que em alguns casos apresenta um fatalismo incómodo aos seus observadores.
Khoury disse que a Autoridade Palestiniana precisa de tratar todos os grupos com igualdade e respeitar os seus direitos. E afirmou: "A Primeira Igreja Baptista em Belém tem demonstrado o seu valor à comunidade ao longo dos anos e tem provado ser uma igreja que respeita a lei". Adiantou ainda que irá falar a membros do Congresso nos Estados Unidos para chamar a atenção para o que está acontecendo com esta Igreja em Belém.
Os cristãos continuam a fugir de Belém e assim será até que a cidade seja declarada muçulmana. É assim que os palestinianos funcionam. Para que não hajam dúvidas...
Shalom, Israel! 


1 comentário:

Anónimo disse...

Os cristãos ortodoxos é que não admitem a presença de protestantes