Uma espaçosa e bem conservada estrada imperial datando da época romana foi escavada no mês passado por arqueólogos e estudantes israelitas perto da localidade de Beit Shemesh.
A escavação realizada nas proximidades da auto-estrada 375 tinha em vista a colocação de uma conduta subterrânea de água para Jerusalém.
A directora da escavação, Irina Zilberbod, informou que a estrada tem uma largura de 6 metros e teria cerca de 1,5 quilómetros de comprimento.
IRINA ZILBERBOD, DIRECTORA DA ESCAVAÇÃO |
"A estrada foi aparentemente construída para ligar o aldeamento romano existente nas imediações de Beit Natif à estrada principal conhecida como "estrada imperial" - informou Zilberbod, acrescentando: "A estrada era de facto uma artéria principal que ligava as grandes povoações de Eleutheropolis (Beit Guvrin) a Jerusalém."
Segundo a arqueóloga, crê-se que a construção desta estrada terá ocorrido na época da visita do imperador Adriano ao país, por volta do ano 130 d.C., ou pouco depois disso, durante a supressão da revolta judaica liderada por Bar Kochba, em 132 - 135 d.C.
"A presença de um marco (uma pedra com a marcação das distâncias) com o nome de Adriano gravado, já antes descoberto próximo da estrada reforça essa hipótese" - acrescentou a arqueóloga.
Foram também encontrada moedas antigas entre as pedras da calçada, incluindo uma do segundo ano da "Grande Revolta", no ano 67 d.C., outra do período "Umaiad", outra do governador da Judeia Pôncio Pilatos, datada do ano 29 d.C., e uma moeda da época do rei Agripa I, do ano 41 d.C. e cunhada em Jerusalém.
"Até há cerca de 2 mil anos atrás, a maior parte das estradas do país eram trilhas melhoradas" - afirmou Zilberbod, acrescentando: "Contudo, durante o período romano, como resultado das campanhas militares e outras, a rede de estradas nacionais e internacionais começou a ser desenvolvida de forma sem precedentes. O governo de Roma estava bem consciente da importância das estradas para o apropriado funcionamento do império."
A partir das estradas principais, tais como a "estrada imperial", saíam estradas secundárias que conduziam até às povoações onde todos os produtos agrícolas eram produzidos.
"Os cereais, o azeite e o vinho, que constituíam a dieta da época, eram transportados pelas estradas secundárias, partindo das aldeias para as estradas principais, e destinados aos grandes mercados de Israel e até do estrangeiro" - informou Zilberbod.
Shalom, Israel!
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