domingo, agosto 16, 2020

ESTAREMOS A ASSISTIR AO INÍCIO DE UMA NOVA ERA NAS RELAÇÕES ISRAELO-ÁRABES?

Depois do estabelecimento das relações diplomáticas entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, graças à mediação do presidente norte-americano Donald Trump, assiste-se a um certo tipo de euforia há muito não vista naquela região do mundo, levando a crer que poderemos estar no início de uma mudança radical nas relações geo-estratégicas da região, em especial no que concerne ao entendimento entre judeus e árabes.
Fala-se de um número crescente de países árabes dispostos a estabelecer relações diplomáticas com o estado judaico, para grande desagrado dos palestinianos e dos iranianos. E destes, em especial, porque já se fala que o alvo final será o estabelecimento das relações de Israel com a própria Arábia Saudita, algo inconcebível até há muito pouco tempo...

Esta manhã foram oficialmente estabelecidas as ligações telefónicas entre Israel e os EAU, esperando-se para as próximas semanas o início dos voos directos entre os dois países e a assinatura de uma série de acordos comerciais, tecnológicos e científicos.
A decisão dos Emirados está sendo vista por outros estados como uma charneira para a paz e para a união de esforços contra o Irão.
Sabe-se que devido à proximidade política entre os Emirados e a Arábia Saudita, o príncipe Mohammed bin Zayed Al Nahyan, líder dos Emirados, não teria tomado tão revolucionária decisão sem ter a plena concordância da Arábia Saudita que, por seu lado, poderá estar a analisar as reacções do mundo árabe para também avançar com a normalização das relações com Israel. Sabe-se que tem havido uma cautelosa aproximação entre os dois estados nestes últimos anos, e que alguns já consideram essa relação como "inevitável."
Crê-se que o Barein, o primeiro país do Golfo a aplaudir a decisão dos Emirados, inimigo fidagal do Irão e amigo dos EUA, poderá ser o próximo país a seguir o exemplo dos EAU. De facto, já existem relações não-oficiais entre os dois países.
Outros países na "lista de espera" para normalizar as relações diplomáticas com Israel são o Oman, o Sudão e Marrocos. O Qatar também não está excluído desta lista.
Há no entanto muitas reservas da parte de alguns estados mais radicais, e até inimizade declarada, como é o caso do Kuwait, que já afirmou ser "o último país a estabelecer relações com Israel."
Hoje mesmo, o presidente do Líbano Michel Aoun, em entrevista concedida a um canal francês, não descartou a possibilidade de estabelecer relações com o inimigo Israel. Respondendo a uma questão sobre se o Líbano consideraria fazer a paz com Israel, o presidente respondeu: "Isso depende. Temos problemas com Israel, e temos de os resolver em primeiro lugar." Ou seja: contrariamente ao que seria de esperar, o presidente libanês não fechou a porta a essa possibilidade, comentando inclusivamente sobre a recente decisão dos Emirados de estabelecer relações diplomáticas com Israel com uma simples resposta: "Os EAU são um estado independente."

Estaremos a assistir a uma mudança histórica no Médio Oriente? É muito provável. Os países árabes têm manifestado um certo cansaço desgastante com a questão palestiniana, e começam finalmente a acreditar que estabelecer relações com Israel só lhes trará vantagens...
Estamos a viver dias impressionantes. E a uma velocidade bastante rápida...

Shalom, Israel!


2 comentários:

olga disse...

A paz sempre é bem-vinda, mas que Israel continue vigiando seus muros, fronteiras... Que Israel continue fortalecendo suas casas e seu Exército! Sabemos que há profecias também para os "tempos de paz"... Israel sempre será um alvo! A Igreja não estará o tempo todo aqui e, os dias são maus... Precisamos vigiar! Desperta, tu que dormes!
Shalom Israel!
Olga

Paulo Helmich disse...

Qual é o espanto? Governo de coalizão é isso aí!