Após intensas negociações no Domingo à noite entre Amos Gilad, responsável do Departamento Diplomático de Segurança do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel e o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas, foi decidido transportar os 87 membros da fortemente armada clã Hilles que fugiram da Faixa de Gaza e que Israel propunha "devolver" à origem. A certeza de que eles seriam imediatamente presos e possivelmente mortos pelo Hamas levou Israel a ter um gesto de misericórdia e permitir que eles fossem levados para Jericó, ficando assim sob a alçada e protecção da Autoridade Palestiniana.
Oficialmente, Israel não teme uma escalada de violência na Margem Ocidental (Cisjordânia), tendo o administrador civil da região, o general Yoav Mordechai afirmado que "o controle das Forças Armadas de Israel e das forças de segurança em Jericó é absoluto, e alguém que se desvie do comportamento normal e se envolva em actividade criminosas ou terroristas será removido imediatamente de lá."
Do total dos 188 palestinianos que fugiram da Faixa de Gaza para Israel, 35 foram reencaminhados de volta a pedido de Abbas, sendo outros 60 enviados no Domingo para Gaza, tendo alguns deles sido imediatamente presos pelo Hamas. 23 membros da clã Hilles estavam ainda sendo tratados em hospitais israelitas.
A decisão é no entanto polémica e muito contestada, tanto pelos habitantes de Jericó, que temem uma fuga dos turistas e alegam para o facto de a presença desses elementos da Fatah sempre acabar por trazer problemas e dificuldades na pacífica Jericó.
Por outro lado, muitos em Israel contestam a forma como o governo está a tratar terroristas, chegando ao ponto de acusar o governo de tratar melhor essa gente que os próprios cidadãos de Israel. Outros, incluindo altas patentes militares, consideram a actuação de Israel um autêntico acto de loucura.
Realmente será, pois que Israel não deveria permitir no seu território os inimigos que não têm outro objectivo senão matar e destruir. Até porque esses indivíduos são incorrigíveis e muito dificilmente mudarão.
Shalom, Israel!
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