A História tem demonstrado que quando um tirano se encontra a braços com graves problemas no seu próprio país, há um sempre pronto e disponível "bode expiatório" sobre quem se podem despejar todos os males e culpas: Israel. Pois quem haveria mais de ser?
Assim foi, é e sempre será.
Agora foi o tirano-déspota presidente ditador da Síria, Bashar al-Assad, a braços com uma revolução no seu próprio país, que redescobre a estratégia e subterfúgio para tentar não só desresponsabilizar-se pelos males que durante anos tem infligido ao seu próprio povo, como vê nessa a forma ideal para iludir e incendiar a opinião pública contra um inimigo comum, logo ali ao lado: Israel.
Pensando que demitir o governo bastaria para acalmar as multidões, o déspota esqueceu-se que as revoluções também contagiam, e aquilo que se viu acontecer no Egipto, na Tunísia, na Líbia e em breve no Yemen irá obviamente bater à porta da sua própria casa.
Hoje mesmo Assad fez uma bem montada encenação a partir do parlamento, falando ao povo no meio de manifestações eufóricas de apoio e aplausos: "Allah, a Síria e Bashar só!" e "Nossas almas e o nosso sangue sacrificamos por ti, Bashar!"
Os números daqueles que foram mortos nas manifestações dos últimos dias variam entre 60 e os 130, dependendo de quem presta essas informações.
Ágil na sua criminosa política, Assad tratou logo de acusar Israel e expressar esperança de que a actual onda que varre as nações árabes possa produzir fruto para a presente luta dos palestinianos contra Israel: "Cremos e esperamos que estas transformações alterem o curso da causa palestiniana." E acusou os "conspiradores estrangeiros" de causarem as perturbações no seu próprio país, alegando que os protestos tinham como objectivo "forçar uma agenda israelita".
Claro que a causa e culpa dos problemas causados por esses ditadores aos povos sedentos de liberdade e justiça social devem sempre ser transferidos para os judeus em Israel. Essa é a fórmula mágica, mas que se calhar já não convence nem satisfaz a inteligência daquelas massas humanas que eles se habituaram a oprimir e roubar. Se calhar a fórmula já nem funciona mais...
Shalom, Israel!
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