Perto de meio milhão segundo os organizadores. 300 mil, segundo a polícia. Pouco importa quantos. Foram de facto muitos milhares os que ontem à noite se manifestaram nas ruas de Israel, reivindicando custo de vida mais baixo, promovendo um movimento de mudança social e fazendo crescer a pressão sobre o primeiro-ministro para que avance rapidamente com reformas económicas.
Os líderes destes movimentos de protesto chamam-lhe "o momento da verdade", sendo na verdade um movimento de raiz que não tem parado de crescer desde Julho passado, a partir de um punhado de jovens alojados em tendas nas ruas de Tel Aviv a uma mobilização da classe média ao nível de todo o país.
"Toda uma geração quer um futuro" - lia-se num dos cartazes carregados pelos manifestantes que enchiam as ruas de Tel Aviv, Jerusalém e outras cidades em Israel, gritando: "o povo exige justiça social".
Netanyahu já avisou que era impossível satisfazer todas as exigências dos manifestantes, que vão desde cortes nos impostos ao aumento da instrução gratuita e maiores ajudas do governo ao problema da habitação.
Manifestações deste tipo e escala em Israel, com uma população de 7,7 milhões, são habitualmente realizadas à volta de questões como guerra e paz.
"Esta noite é o momento alto de um protesto histórico" - afirmou Amir Rochman, um activista de 30 anos pertencente ao Partido dos Verdes de Israel.
Manifestações deste tipo e escala em Israel, com uma população de 7,7 milhões, são habitualmente realizadas à volta de questões como guerra e paz.
"Esta noite é o momento alto de um protesto histórico" - afirmou Amir Rochman, um activista de 30 anos pertencente ao Partido dos Verdes de Israel.
"Israel não será mais o mesmo" - afirmou Itzik Shmuli, dirigente da União Nacional dos Estudantes e um dos líderes dos protestos, adiantando ainda: "O nosso novo Israel exige mudanças reais nas prioridades do seu governo".Apesar de o resultado ser menor do que os ambicionados 1 milhão de participantes que muitos esperavam ver, os comentadores disseram que o movimento tinha deixado a sua marca em Israel ao ter catapultado a economia para uma agenda política há muito dominada por questões de segurança e diplomacia.
A comunicação social também desempenhou um papel importante nos protestos israelitas, parcialmente inspirada pelo impacto das demonstrações da "primavera árabe".
Apesar de Israel gozar de uma baixa taxa de desemprego - 5,5% - e de uma economia em crescimento, os cartéis económicos e disparidades salariais têm impedido muitos de sentir os benefícios. Muitos dos manifestantes vêm da classe média que carrega um alto fardo de impostos e taxas para o aparelho militar.
Apesar de Israel gozar de uma baixa taxa de desemprego - 5,5% - e de uma economia em crescimento, os cartéis económicos e disparidades salariais têm impedido muitos de sentir os benefícios. Muitos dos manifestantes vêm da classe média que carrega um alto fardo de impostos e taxas para o aparelho militar.
Netanyahu nomeou um comité para explorar uma série de políticas económicas e reformas na habitação e no mercado de consumo.
Os líderes dos protestos anunciaram que irão pausar durante as próximas semanas, até que se tornem públicas as conclusões do comité nomeado pelo governo.
Ao contrário das manifestações nos países árabes, manchadas pelo sangue e pela violência, as manifestações em Israel foram marcadas pelo respeito e liberdade, não havendo registos de violência de nenhuma das partes - certamente um imenso contraste com as manifestações violentamente reprimidas pelos regimes árabes.
Até aqui se notam as grandes diferenças entre um país verdadeiramente democrático (o único em todo o Médio Oriente) e as nações regidas por árabes e regimes islâmicos...
Shalom, Israel!
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