Sempre temos achado Nicholas Sarkozy, presidente de França, uma figura enigmática, subtil, oportunista, capaz de mediar e alcançar sucesso em processos de paz, como foi o caso do conflito entre a Rússia e a Georgia. Recentemente foi recebido na Líbia como um "herói". Agora, parece cada vez mais querer envolver-se como mediador, apresentando soluções para o conflito milenar entre árabes e judeus, desta vez por causa da Terra de Israel.
Na sua intervenção de ontem na Assembleia Geral das Nações Unidas, Sarkozy dedicou-se unicamente a este assunto, o que demonstra o seu crescente interesse em desempenhar um papel importante nos acordos de paz no Médio Oriente.
O presidente francês propôs ontem no seu discurso que as Nações Unidas dêem aos palestinianos um estatuto de "estado observador nas Nações Unidas", ao mesmo tempo propondo ainda um "roteiro para a paz" para o prazo de um ano.
No seu apaixonado discurso de ontem, totalmente dedicado ao conflito israelo-palestiniano, Sarkozy avisou que qualquer veto contra os esforços palestinianos para alcançar a membresia plena no Conselho de Segurança "arrisca engendrar um ciclo de violência" no Médio Oriente.
"Não podemos esperar mais...paremos os nossos intermináveis debates sobre os parâmetros e iniciemos as negociações." - afirmou - "É chegado o momento de construir a paz para as crianças palestinianas e israelitas".
"Não podemos esperar mais...paremos os nossos intermináveis debates sobre os parâmetros e iniciemos as negociações." - afirmou - "É chegado o momento de construir a paz para as crianças palestinianas e israelitas".
A França tem aumentado a sua frustração com a falta de progressos no processo de paz, dizendo que as negociações deveriam ser alargadas de forma a dar mais importância ao papel da Europa, a meio de um crescente impasse com os esforços liderados pelos EUA.
Apelando a uma mudança nos métodos, Sarkozy disse que as negociações deveriam iniciar-se dentro de um mês, um acordo sobre fronteiras e segurança deveria ter lugar dentro de 5 meses e um acordo definitivo no espaço de um ano.
Apelando a uma mudança nos métodos, Sarkozy disse que as negociações deveriam iniciar-se dentro de um mês, um acordo sobre fronteiras e segurança deveria ter lugar dentro de 5 meses e um acordo definitivo no espaço de um ano.
Sarkozy disse que a Assembleia Geral deveria considerar oferecer aos palestinianos um estatuto semelhante ao do Vaticano, o que iria restaurar a esperança e marcar progressos para um estatuto final.
"Por que não enviosionarmos oferecer aos palestinianos o estatuto de estado observador nas Nações Unidas? Este seria um passo importante. Mais importante ainda, significaria emergirmos de um estado de imobilidade que favorece unicamente os extremistas".Depois de encontros privados com o primeiro-ministro israelita e o presidente da Autoridade Palestiniana, um porta-voz dos palestinianos informou que Abbas iria estudar as propostas de Sarkozy.
"O objectivo final das negociações para a paz deve ser o mútuo reconhecimento de dois estados para dois povos baseado nos parâmetros de 1967, com a troca acordada de territórios equivalentes" - afirmou Sarkozy.
Um fonte diplomática ocidental disse que a agenda anunciada por Sarkozy era "um dos elementos do pacote" que a chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton tem estado a elaborar e que apresentou aos ministros europeus na passada Terça-Feira.
Um fonte diplomática ocidental disse que a agenda anunciada por Sarkozy era "um dos elementos do pacote" que a chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton tem estado a elaborar e que apresentou aos ministros europeus na passada Terça-Feira.
Paris tem conseguido elevar a sua influência diplomática neste últimos seis meses devido à "primavera árabe" que tem varrido o Médio Oriente, temendo que um fracasso na revitalização do processo de paz poderia minar o momento.
Shalom, Israel!
É claro que Sarkozy tem os olhos postos nas eleições presidenciais francesas em 2012, com as repercussões de um escalar do conflito israelo-palestiniano a transbordar para o seu próprio país onde vivem actualmente mais de 5 milhões de muçulmanos e uma comunidade judaica de cerca de 700.000 pessoas.
Sarkozy avisou na Terça-Feira que se não houver uma quebra no impasse, isso poderá envenenar a evolução dos países árabes rumo à democracia.
Sarkozy avisou na Terça-Feira que se não houver uma quebra no impasse, isso poderá envenenar a evolução dos países árabes rumo à democracia.
De origem judaica e católica, Sarkozy continua a ser uma figura enigmática, não só pelo êxito que tem conseguido no plano dos conflitos internacionais, mas pelo enquadramento dentro daquilo que se prevê que o Anticristo consiga em breve realizar...
Fiquemos atentos.Shalom, Israel!
Sem comentários:
Enviar um comentário