Estreou em Portugal, o filme "O Filho de Saul", do realizador húngaro judeu Lazslo Nemez, o filme que causou sensação no último festival de Cannes e que venceu o prémio especial do júri.
Este filme perturbador, leva-nos literalmente ao "inferno" dos fornos crematórios de Auschwitz, e, apesar da emoção que o tema suscita, é fundamental que este filme seja visto e revisto, espalhado e divulgado especialmente entre as novas gerações, quase completamente ignorantes e desinteressadas no assunto do Holocausto.
O filme relata o drama de Saul, internado à força em Auschwitz há várias semanas. Como tantos outros judeus e não só. Saul só escapa à morte mais que certa porque faz parte dos "Sonderkommando", e trabalha para os nazis na limpeza dos fornos crematórios.
Saul tem a funesta missão de acompanhar os prisioneiros judeus até às câmaras de gás, retirar-lhes todos e quaisquer objectos de valor, e remover as provas materiais da morte antes de os cadáveres serem reduzidos a cinzas.
Um dia, crê reconhecer o cadáver do seu próprio filho...
A partir daí, o que lhe resta de humanidade e vontade vai ser dedicado a procurar uma sepultura digna para o filho.
Esta primeira longa metragem deste realizador húngaro é uma verdadeira proeza, atingindo o limite do suportável, porque mais do que mostrá-lo, o filme sugere o horror.
É muito raro ver-se um filme que nos faz sentir a tragédia e o desespero de uma forma tão poderosa até ao desfecho final.
A memória do Holocausto é algo com que o realizador húngaro Laszio Nemes tem vivido desde a sua infância.
E as suas palavras revelam bem o propósito mais que digno e necessário que o levaram a realizar esta colossal obra:
"Quis fazer um filme que fizesse sentido para toda a actual geração. Esta geração não quer saber nada deste tipo de coisas, é uma geração desligada."
Bem haja, Laszio Nemes!
"Aqueles que ignoram a História estão condenados a repetir os seus erros" - ditado judaico.
1 comentário:
...ignoram a História e vão repetir os mesmos erros cometidos no passado. Como um anzol existe Israel para apanhar os povos ímpios para os extinguir para sempre da existência.
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