Começando a visita pela Sala da Independência, onde, em 14 de Maio de 1948, pelas 16H00, David Ben Gurion proclamou a independência do moderno estado de Israel, o meu coração não parou de bater e os olhos de embaciar com a vívida apresentação dos acontecimentos ocorridos naquela tarde de há quase 70 anos, naquele momento que provocou a ira dos árabes e a felicidade dançada nas ruas pelos judeus que ali viam os seus sonhos finalmente concretizados.
Aquele dia foi um dos mais importantes da História do século XX. O mundo não seria mais o mesmo a partir daquela corajosa declaração.
Hoje, volvidas estas quase 7 décadas, Israel é uma potência regional, uma pujante economia, uma nação de referência incontornável em áreas tão diversificadas como agricultura, alta tecnologia, nanotecnologia, ciência médica, etc.
Negar que tudo isto tem a ver com o cumprimento das profecias milenares relativas a estes "últimos dias" é ignorar a realidade. Muitos tentam fazê-lo, caindo no ridículo e na cegueira mental e racional.
Percorrendo a região costeira mediterrânica, encontramos a pujante Tel Aviv, a cidade que se tem estado a tornar na Nova Iorque de Israel. Ao seu lado, a bíblica Jope (Jaffa), com um imenso rol de eventos, desde o drama de Jonas, à cura de Tabitha e à visão de Simão Pedro na casa de Simão o curtidor, que abriu o entendimento dos apóstolos de então à globalidade da expansão do Evangelho e da Igreja de Cristo, agora também favorecendo os gentios pelo mundo fora.
No extremo Norte de Israel, a visita pela manhã cedo de Tel Dan levou-nos até às extraordinárias conquistas do povo hebreu na terra de Canaã, marcando uma presença transformadora e permanente naquela região atribuída à tribo de Dan.
Um dos monumentos mais impressionantes é o "portão de Abraão", da época dos cananeus, julgando-se pelo texto bíblico que o velho patriarca terá chegado até esta localidade para resgatar o seu sobrinho Lot, sequestrado da sua cidade de Sodoma.
Nem todos os grupos excursionistas fazem este trajecto. Aliás, muito poucos o fazem, mas para nós, marcar presença na fronteira síria para a visita aos bunkers que nos fazem recuar até ao sofrimento e posterior retumbante vitória dos soldados israelitas durante a Guerra do Yom Kippur de 1973, em oposição aos sírios, que se apresentaram numa proporção muito superior, é um tributo à heroicidade e resistência dos militares judeus. Durante o tempo em que ali estivemos, várias explosões foram ouvidas resultantes do ruído causado pela poderosa aviação de Israel no momento em que a barreira do som é ultrapassada nos voos regulares sobre todo o espaço aéreo de Israel.
Atravessar a Mar da Galileia num barco de madeira semelhante aos usados nos dias de Jesus é um dos pontos altos das nossas excursões. São momentos inesquecíveis e emocionantes, em que ninguém quer perder o seu momento para testemunhar e expressar a sua emoção por ver com os seus próprios olhos aquilo que há 2 mil anos os olhos do Salvador também viram, e navegar nas mesmas águas em que Ele demonstrou ser mais forte que os ventos e os medos com que o inesperado nos aterroriza...
Perceber a alegria, o entusiasmo e as concretizações dos sonhos destes pastores portugueses e brasileiros que me acompanham já é a recompensa para todo este projecto de meses. Mas mais ainda virá. É que Israel é uma terra de surpresas, onde a imprevisibilidade só é ultrapassada pela emoção e pela compreensão daquilo que esta terra representa para Deus e para tantos milhões de cristãos que, tal como eu, não conseguem perceber os planos de Deus e a Sua agenda para o mundo sem que Israel e Jerusalém estejam no epicentro de todas as coisas importantes e marcantes na Historia.
Shalom, Israel!
1 comentário:
E um sonho ir aí um dia eu vou...
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