segunda-feira, janeiro 16, 2017

NADA MUDOU (FELIZMENTE) COM A CONFERÊNCIA DE PARIS...

A conferência realizada ontem em Paris com a presença de 75 representantes de outros tantos países não surtiu qualquer efeito prático, uma vez que não foi delineado qualquer seguimento ou continuidade à mesma.
Israel acabou por ganhar, uma vez que, não estando presente, comprovou que tais esforços internacionais são "fúteis" (expressão usada por Netanyahu), pois os principais interessados é que se têm de sentar à mesa para negociar, ainda que não sei bem o quê...
Nenhumas imposições foram colocadas sobre Israel, e a declaração final chega a aludir à "importância do reconhecimento directo de um lar nacional para o povo judeu."


Esta declaração constante do documento final é importante, uma vez que nem toda toda a comunidade internacional reconhece este direito do povo judeu.
A afirmação mantida por Israel de que "a única forma de se chegar à paz é por meio de negociações directas entre as partes" faz também parte da declaração final, o que representa mais um trunfo para o estado judaico.

UM ALIVIAR DA DECLARAÇÃO FINAL
Algo aconteceu entretanto para que a temida declaração final acabasse por ser muito mais comedida do que se pensava, e isso provavelmente graças ao Conselho Nacional de Segurança e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel. 

Os responsáveis israelitas respiraram ontem de alívio ao verificarem que certas "partes problemáticas" do texto final relacionadas com a recente pérfida resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU não foram inseridas no documento. Ao que parece, o próprio Conselho de Segurança não irá por enquanto adoptar quaisquer outras resoluções respeitantes às construções na Judeia e Samaria. Isso foi o que o ainda secretário de estado norte-americano John Kerry parece ter ontem prometido a Netanyahu pelo telefone.
Por outro lado, o documento final inclui críticas ao incitamento e ao "terrorismo" - certamente aludindo às práticas dos palestinianos - tendo sido ainda removida alguma linguagem pró-palestiniana. 

AUSÊNCIA DA RÚSSIA, DA INGLATERRA E DE ANTÓNIO GUTERRES
A notada ausência dos ministros representativos da Inglaterra, da Rússia e do próprio secretário geral da ONU António Guterres, parece dar a entender que estes países preferem esperar pela eleição de Donald Trump para melhor concertarem as suas posições. 
Há em muitos líderes internacionais uma atitude de esperar para ver em relação às posturas que o novo presidente norte-americano irá adoptar nesta e em outras questões. Uma delas, quiçá a mais importante, terá a ver com a prometida mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém, algo que o anfitrião da conferência de ontem, o ministro francês para os Negócios Estrangeiros Jean-Marc Ayrault classificou de perigoso, podendo resultar em "consequências extremamente sérias."

PRÓXIMOS PASSOS...
Os ministros presentes na conferência reúnem-se hoje para um almoço de trabalho em que esperam lançar uma plataforma de discussão sobre "o caminho a seguir para se alcançar um acordo de paz que viabilize a solução 2 estados e que reverta as actuais tendências negativas no terreno."
A ministra da União Europeia para os Negócios Estrangeiros Federica Mogherini disse esta manhã que tanto ela como os deputados da UE irão discutir o trabalho do grupo visando a resolução do conflito, "especialmente estabelecendo as condições para que as partes façam a sua parte e recomeçam conversações sérias."
A maior parte dos ministros dos 28 estados membros da UE concordaram em alertar as partes envolvidas contra acções unilaterais que venham a minar as conversações, uma aparente referência às construções israelitas. 

INGLATERRA NÃO ASSINOU O DOCUMENTO
Numa atitude corajosa, a Inglaterra não se deixou influenciar pela maioria dos ministros, tendo criticado a conferência e chegando a até a recusar-se a assinar a declaração conjunta. Parabéns, Theresa May!
Donald Trump apelou entretanto à Inglaterra para "vetar qualquer futura resolução anti-Israel do Conselho de Segurança da ONU."

ISRAEL DO LADO DE FORA
Netanyahu rejeitou entretanto um convite para estar presente numa reunião especial a realizar após a conferência, e o próprio presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas, que se esperava poder estar, acabou por cancelar a sua visita a Paris.
O primeiro-ministro israelita afirmou que a reunião de nada adiantaria para promover a paz, e classificou o encontro de Paris como "as últimas vibrações do mundo de ontem."
"Amanhã será diferente, e o amanhã está muito próximo" - afirmou Netanyahu, referindo-se obviamente à próxima posse de Donald Trump.

Shalom, Israel!

8 comentários:

olga disse...

Muitos israelitas já estão deixando a frança há muito tempo... A França tornou-se mais uma pátria muçulmana na Europa... É claro que lideres europeus estão sendo pressionados a pressionar Israel...Eu li que Abbas falou que se os Estados Unidos mudarem a embaixada americana para Jerusalém ele não vai mais reconhecer Israel como nação... E, quando é que ele reconheceu?
Mais uma vez a Inglaterra optou por não jogar a História e sua História na lata do lixo! Parabéns! Eu particularmente não ponho minha fé em Trump... Coloco minha fé em Deus... Deus usa quem Ele quer! No passado usou até uma mula para falar com um profeta... Ontem, estava lendo o salmos 33... Ele nos diz muito...
"Tema toda a terra ao Senhor; temam-no todos os moradores do mundo.
Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu.
O Senhor desfaz o conselho dos gentios, quebranta os intentos dos povos.
O conselho do Senhor permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração.
Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança.
O Senhor olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens.
Do lugar da sua habitação contempla todos os moradores da terra.
Ele é que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.
Não há rei que se salve com a grandeza dum exército, nem o homem valente se livra pela muita força."
Salmos 33:8-16
Shalom Israel!
Olga

olga disse...

Olhando para a foto da conferência só tem homem... A única mulher que há na foto (pelo menos a que identifiquei) deve ser muito boa no que faz ou então deve ter se adaptado ao mundo dos homens... Infelizmente, sei que não é isto que determina o futuro das nações, mas diz muito uma vez que as vítimas de guerra como a da Síria são mulheres e crianças... As vítimas sempre são estas... Seja através de doenças, exploração sexual, etc... É uma vergonha para a humanidade! Como é que autoridades mundiais podem "ficar bem na foto"... Ás vezes, até com um sorrisinho...
Aqui no Brasil logo, logo começa o carnaval! "A alienação é o verdadeiro ópio do povo" e, é assim que os governantes querem que continue...
Shalom Israel!
Olga

De Sousa disse...

O moderno estado de Israel e a sua capital Jerusalém já foi reconhecido por Yahushuah ...que a força do Céu esteja com o presidente Trump e mova a embaixada do Estado Unidos para Jerusalém.
O REI ESTÁ VOLTANDO, QUEM TEM OUVIDOS OUÇA

De Sousa disse...

Que Yahuah todo poderoso use o presidente Trump da nação mais poderosa de sempre [USA ...é o que diz a biblia] para a concretização dos eventos finais da história da humanidade, porque o espírito em nós [escolhidos] geme com gemidos enexpremiveis pela vinda do nosso querido Salvador Yahushuah ...100%

Luciano de Paula Lourenço disse...

Uffa! Ainda bem que não deu em nada! Benjamim venceu mais uma vez! Ele é o cara.
Sinceramente, eu já esperava os preparativos para a batalha do Armagedom.
Contudo, quero fazer uma aposta com vocês que seguem este Blog. Se o Trump cumprir a promessa de transferir a Embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém, no prazo de um ano, eu entregarei uma cesta básica no valor de cinquenta reais a alguma família carente ou morador de rua. Caso contrário, vocês farão o mesmo. Que tal? Apostado?
Abraços!

olga disse...

Luciano de Paula... A batalha do Armagedon virá mas não será apenas pela troca de uma embaixada americana... Os lideres mundiais precisam agir com responsabilidade e, cuidado, nem sempre aquilo que é o mais certo e justo pode ser feito... Nenhum homem trará a paz a este mundo. O dia que um disser "paz", aí sim, virá a repentina destruição... Com relação a aposta, em qual país você está? Não pode ser no Brasil porque aqui você entra com cinquenta reais no supermercado e sai com uma sacolinha na mão, principalmente se for comprar produtos básicos para uma família: arroz, feijão, óleo, açúcar, café, produtos de higiene, etc.
Bem esta semana será muito importante com a posse de Trump... Vamos orar para que tudo dê certo!
Shalom Israel!
Olga

Anónimo disse...

Penso que a ausência de Israel e o factor Trump foram determinantes para a aparente moderação desta cimeira. Por uma vez esta gente teve algum cuidado e precaveu-se de cometer mais uma valente argolada.

Conto estar bem atento ao discurso de tomada de posse de Donald Trump, na próxima Sexta feira. Será que falará de Israel... Jerusalém? Pelo andar da carruagem vai tudo andar numa roda viva, à conta das palavras e atitudes de Donaldinho. Benjamin Netanyahu, estando presente, deverá ter direito a uma boa fatia do festim de dia 20. A questão Jerusalém deverá ser revista e corrigida.
Aguardemos.

olga disse...

Acabei de ler um artigo bem interessante no site da CONIB - Confederação israelita do Brasil... Estou compartilhando... Acho que ela é muito atual...
Em entrevista de 1970, Golda Meir fala sobre a dificuldade de negociar a paz com os árabes
http://www.conib.org.br/videos/281/em_entrevista_de_1970_golda_meir_fala_sobre_a_dificuldade_de_negociar_a_paz_com_os_arabes
Shalom Israel!
Olga