A decisão tomada Domingo passado (conferir nosso blog de Domingo) de incluir 2 sítios históricos actualmente em "territórios palestinianos", está gerando uma explosão de raiva entre os palestinianos, levando o "moderado" líder palestiniano Mahmoud Abbas a ameaçar guerra por causa da inclusão da Cave dos Patriarcas em Hebron e o Túmulo de Raquel.
A Cave dos Patriarcas - locais onde foram sepultados Abraão, Sara, Isaque, Rebeca, Jacob e Leá - e o Túmulo de Raquel estão localizados em áreas agora controladas pela Autoridade Palestiniana, ou seja: Hebron e Belém.
Falando em Bruxelas a parlamentares europeus, Abbas afirmou que a decisão do governo israelita de acrescentar esses 2 locais à sua lista de "sítios da herança nacional" é uma "provocação perigosa" que conduzirá a uma "guerra religiosa".
Em termos práticos, a decisão não afectará quaisquer alterações ao estatuto dos locais, dando-lhes apenas uma maior prioridade na preservação e renovação dos mesmos.
"O Túmulo de Raquel e a Tumba dos Patriarcas - lugar de sepultamento dos patriarcas e das matriarcas do povo judeu por mais de 3.500 anos - merecem certamente ser preservados e renovados" - afirmou o porta-voz do governo israelita, Nir Hefetz numa declaração à imprensa.
Mark Regev, outro porta-voz do governo adiantou: "Tal como Israel compreende a conexão islâmica à Tumba dos Patriarcas, esperava-se ouvir da parte do lado palestiniano que eles respeitam a nossa ligação a um sítio que é muito importante para o povo judeu. É lamentável ouvirem-se outras mensagens da parte da liderança palestiniana."
Tal como sempre acontece, os palestinianos encontraram logo um aliado nas Nações Unidas, que prontamente condenaram Israel pela "audácia do estado judaico" em reconhecer oficialmente as suas ligações a dois sítios tão sagrados para os Judeus...
Entretanto, o presidente Peres afirmou esta manhã ao enviado da ONU que não há necessidade de se criarem conflitos artificiais, acrescentando que Israel continuará a garantir plena liberdade de culto a todos os crentes nos locais sagrados.
Iuli Edelstein, ministro do partido Likud é mais peremptório: "Não vamos deixar que os outros digam que não temos direito de posse sobre sítios que têm sido parte da tradição judaica por milhares de anos" - afirmou.
Shalom, Israel!
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