Na sua primeira conferência de imprensa realizada hoje em Jerusalém, Jason Greenblatt, o enviado do presidente norte-americano Donald Trump, anunciou estar "orgulhoso" pelo papel que os EUA desempenharam no esboço de um acordo que incluirá a construção de uma conduta com quase 200 kms de extensão e que transportará água desde o Mar Vermelho até ao Mar Morto e ainda a construção de uma estação de dessalinização em Aqaba.
Questionado sobre o processo de paz, Greenblatt respondeu apenas: "Só aceitamos questões relacionadas com o projecto do Mar Vermelho."
Este acordo irá permitir fornecer água potável à Jordânia, aos palestinianos e a Israel, permitindo também a revitalização do Mar Morto, cujas águas vão descendo de nível a cada ano que passa. Israel concordou em aumentar o volume de água vendida aos palestinianos, dos actuais 20, para 30 milhões de metros cúbicos por ano.
O projecto orçamentado em cerca de 900 milhões de dólares levará 4 a 5 anos para ser concretizado.
A estação de dessalinização produzirá anualmente cerca de 80 milhões de metros cúbicos de água potável, sendo que Israel comprará à Jordânia metade dessa produção ao preço de custo.
Israel já exporta água para a Autoridade Palestiniana, mas passará a aumentar as vendas para cerca de 33 milhões de metros cúbicos anuais, sendo 22 milhões para a Judeia e a Samaria, e os outros 10 para a Faixa de Gaza.
"Esperamos que este acordo contribua para a cura do Mar Morto, e que venha a ajudar não só os palestinianos e os israelitas, mas também os jordanos" - afirmou radiante o enviado norte-americano.
E, num tom claramente positivo quando não profético, Greenblatt acrescentou: "Estou orgulhoso pelo papel que os Estados Unidos e os nossos parceiros internacionais desempenharam em ajudar as partes a chegarem a este acordo, e espero que seja um sinal de coisas que aí virão."
A ideia de abrir um canal entre o Mar Vermelho e o Mar Morto já vem do tempo dos britânicos, em 1850, como alternativa ao Canal de Suez.
Shalom, Israel!
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