GORDON BROWN EM ISRAEL

Na sua primeira visita a Israel desde que assumiu funções como primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown afirmou que a Grã Bretanha "será sempre uma amiga genuína de Israel" e garantiu que "a segurança do estado Judaico está no topo das preocupações do Reino Unido." Acrescentou ainda compreender os obstáculos na região, mas também "as oportunidades" que estão pela frente.

Na conferência de imprensa conjunta, o primeiro-ministro de Israel adiantou que o acordo com a Autoridade Palestiniana deverá estar concluído até final deste ano.

Entretanto, Brown já havia afirmado que a economia era um elemento necessário para qualquer acordo futuro israelo-palestiniano e prometeu mais dinheiro para ajudar a economia palestiniana.

Ao mesmo tempo que se afirma amigo de Israel, Brown, à semelhança de muitos outros, vem a Israel interferir nas políticas internas do país, sendo Israel o único país que se sujeita a ter em sua casa visitantes que lhe vêm decretar o que tem e o que não tem de fazer...

Ontem mesmo, o primeiro-ministro britânico criticou a contínua construção de aldeamentos israelitas na Margem Ocidental (West Bank) e em Jerusalém oriental, urgindo Israel a que pare com as construções.

"Penso que toda a União Européia é bem clara nesta matéria: queremos ver um congelamento das construções." - afirmou Brown numa conferência de imprensa em Belém, com o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas.

Por sua vez, Olmert reconheceu que o seu governo está em desacordo com os palestinianos e com a Inglaterra sobre a questão das construções, mas adiantou que este assunto "não deve bloquear" um acordo com os palestinianos que, nas suas palavras, "está mais próximo do que nunca."

Contrastando com as suas duras críticas às construções dos aldeamentos, Brown foi todo louvores a Israel durante as suas aparições públicas em Jerusalém.

"Nós partilhamos não apenas grandes ligações históricas e possibilidades comerciais, mas também uma crença na liberdade, oportunidade, empreendorismo e democracia" - afirmou.

Brown lembrou como o seu pai, pastor protestante, costumava vir a Israel duas vezes por ano durante quase três décadas, mostrando depois os slides das suas viagens. Lembrou ainda como a sua família recebia todos os anos uma caixa com laranjas de Haifa.

Brown, que foi anteriormente ministro das finanças, notou que os negócios entre os dois países cresceu 40 por cento durante a última década, valendo agora mais de 2,3 biliões de libras.

Ontem mesmo Brown visitou o Museu do Holocausto e é esperado hoje no Parlamento para a primeira visita de um primeiro-ministro inglês ao Knesset.

É impressionante como nestes últimos meses os líderes da União Européia (Merkel, Sarkozy, Brown, etc.) estão numa "corrida" constante a Israel, procurando demonstrar amizade para com o povo judeu e tentando gerar em Israel um sentimento de confiança e de segurança. Esta é uma situação nunca vista, e que poderá querer significar alguma coisa. Para quem quiser ver, é claro e souber ler as entrelinhas...

Não temos dúvida de que será a Europa a desempenhar um papel vital nos próximos acontecimentos no Médio Oriente e muito especial nos acordos entre Israel e os palestinianos. No entanto, a pretensa "amizade" terá um custo, e Israel terá que contar cada vez mais consigo mesmo e voltar-se mais para Deus, pois só d'Ele pode vir a verdadeira segurança.

Shalom, Israel!