No seu périplo pelo Médio Oriente, o candidato às eleições presidenciais norte-americanas Barack Obama chegou ontem a Israel, tendo tido já encontros esta manhã ao pequeno almoço com o ministro da Defesa, Ehud Barak e com o líder da oposição Benjamin Netanyahu.
Reportando-se ao ataque de Setembro passado ao reactor nuclear sírio por parte da aviação israelita, Obama comentou a acção militar israelita como "apropriada".
"Sim" - adiantou - "acho que havia suficiente evidência de que os sírios estavam a desenvolver uma base utilizando um modelo nuclear semelhante ao da Coréia do Norte."
Em relação a um possível ataque ao Irão, Obama colocou o problema nas mãos dos israelitas: "No plano final, estas são decisões que os israelitas terão de tomar".
"Não vou lançar hipóteses sobre um ataque de Israel ao Irão" - adiantou - "Penso que Israel tem o direito de se defender. Mas não irei especular sobre o difícil julgamento que eles terão de fazer no meio de um monte de possíveis cenários."
Ainda nesta manhã Barack Obama visitou o Museu do Holocausto e estará tendo neste momento um encontro com o presidente Shimon Peres.
Durante a tarde fará uma visita rápida a Ramallah para um encontro com o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas. Depois deste encontro, voltará a Jerusalém para um encontro com a ministra das Relações Exteriores Tzipi Livni e partirá de helicóptero até Sderot, a cidade-mártir alvo de imensos disparos dos rockets palestinianos. Obama regressará ao fim do dia a Jerusalém para um encontro com o primeiro-ministro Olmert.
À chegada ontem à noite a Jerusalém Obama condenou severamente o ataque com uma retroescavadora ocorrido horas antes da sua chegada e a poucas centenas de metros do hotel King David onde tem estado alojado.
Esperemos que este provável futuro presidente americano veja a realidade como ela é e que na hipótese de ser eleito cumpra as suas promessas em relação à nação de Israel.
Shalom, Israel!
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