De visita aos EUA, o primeiro-ministro israelita Netanyahu desafiou a postura "anti Jerusalém unida" da secretária de estado Hillary Clinton ao afirmar perante uma calorosa recepção ontem à noite, na AIPAC - "American Israel Public Affairs Committee" - que Jerusalém não é um colonato, mas "é a nossa capital!"
Aludindo que Israel já fez demasiadas concessões aos Estados Unidos e à Autoridade Palestiniana, não o fará em relação a Jerusalém, alegando que construir casas para judeus em toda a Jerusalém unificada de nenhuma forma exclui a possibilidade de uma "solução 2 estados."
Mais de metade dos congressistas americanos estavam presentes entre os mais de 7000 participantes neste encontro anual do grupo pró-Israel no governo norte-americano. O discurso chegou a ser atrasado, de forma a possibilitar a entrada de mais gente numa sala já abarrotada de participantes.
Esta afirmação clara de Netanyahu é obviamente a resposta adequada à insinuação feita pela secretária de estado Hillary Clinton de que Israel está a construir na "Jerusalém ocupada e cuja soberania israelita não é reconhecida pelos EUA". Como se Israel precisasse das opiniões dessa senhora para construir na sua terra...
Netanyahu não poupou palavras diante de um público entusiasmado, afirmando que as cercanias de Jerusalém onde Clinton e a Autoridade Palestiniana não querem que Israel construa para os judeus "são uma parte integral e inequívoca da moderna Jerusalém. Todos sabem que essas cercanias serão parte de Israel em qualquer acordo de paz."
Por outro lado, o actual prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, afirmou que o recente anúncio da construção de 1.600 casas em Ramat Shlomo é apenas uma parte pequena do projecto para a construção de 50.000 novas casas para judeus e árabes para os próximos 20 anos, sendo um terço para árabes e dois terços para judeus, em áreas da cidade que foram anexadas durante a Guerra dos Seis Dias.
Para ele, a questão de Jerusalém "não é negociável".
Bem hajam! Shalom, Israel!
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