Os líderes judeus ficaram negativamente surpreendidos com as recentes afirmações proferidas pelo papa Bento XVI de que o seu predecessor, o controverso Pio XII, foi "um grande homem justo que salvou mais judeus do que qualquer outra pessoa". Na opinião dos líderes judeus, "esta afirmação é categoricamente contradita pelos reconhecidos registos históricos".
Estas afirmações do papa vêm inseridas no seu novo livro "Luz do Mundo: o Papa, a Igreja e o Sinal dos Tempos", a publicar amanhã, e em que Bento XVI afirma que o seu predecessor fez o que podia e não protestou mais claramente porque temia as consequências.
Muitos judeus acusam Pio XII - o chefe da Igreja Católica entre 1939 e 1958 - de ter fechado os olhos ao Holocausto. O Vaticano entretanto defende o "dotado de infabilidade" alegando que "ele trabalhou silecionsamente atrás dos bastidores, porque, se falasse, isso iria provocar represálias por parte dos nazis contra os católicos e os judeus na Europa."
Realmente trabalhou "tão silenciosamente" que nunca se percebeu nada que ele tenha feito para poupar os judeus da grande tragédia do Holocausto...
Pior ainda é a intenção do Vaticano de promover Pio XII a santo... este é um ponto actual de tensão entre as comunidades judaicas e o Vaticano.
Nada de admirar. O Vaticano é ao longo da História responsável por alguns dos mais nefastos crimes da humanidade, para não falar das pérfidas condutas dos seus líderes ao longo dos tempos. Não admira que este actual chefe do Vaticano tente "limpar a imagem" tão imunda que esta sinistra organização humana carrega, revisionando a História à sua maneira, manipulando e torcendo os factos que reconhecidamente contrariem a imagem "santa e infalível" que os seus líderes e responsáveis ostentam.
Shalom, Israel!
1 comentário:
Também não será bem assim. A Igreja é feita de homens e portanto sujeita aos 'vicios' inerentes à condição humana.PIO XII tinha de ponderar a sua acção tendo em conta a realidade. Ajudou muitos judeus... isso é-lhe reconhecido pela história.
Se podia ter ajudado mais? Talvez, mas aqui temos de entrar em linha de conta com outros factores igualmente importantes.
Uma atitude demasiado provocatória a Hitler não era uma boa estratégia na altura. Ás vezes temos de tomar decisões e nem sempre resultam agradaveis a todos. A esperança de PIO residiu na escolha de um mal menor... ajudou o que pode ajudar sem prejudicar a própria existencia da Igreja e das suas importantes missões.
Quer-me parecer que se tivesse tido uma atitude de confronto, judeu algum teria sido salvo pelo vaticano.
(Ricciardi)
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