Falando hoje numa reunião de emergência da Liga Árabe, o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas afirmou que "os palestinianos nunca iriam reconhecer Israel como um estado judaico" e acusou Israel de "estar a estabelecer um governo apartheid."
A reunião da Liga Árabe tem estado a decorrer com a presença de ministros das Relações Exteriores de todo o mundo árabe. Os comentários de Abbas seguem-se a uma semana de intenso debate entre os políticos israelitas acerca de uma proposta de lei a votar pelo parlamento que elevaria o estatuto de Israel a "estado judaico."
"Nunca reconheceremos a ligação judaica ao estado de Israel" - Abbas terá dito, conforme citação do Canal 10 da TV israelita, ameaçando até cessar toda a cooperação de segurança entre Israel e a Autoridade Palestiniana, a menos que as negociações para a paz sejam retomadas. Estas conversações foram interrompidas em Abril deste ano, logo após a aliança feita entre a Autoridade Palestiniana e o grupo terrorista do Hamas.
Abbas terá dito que estaria disposto a reconhecer o estado de Israel, mas nunca Israel como o estado judaico.
Segundo as declarações feitas hoje por Abbas, os palestinianos "não estão dispostos a esperar mais para que hajam progressos, estando por isso determinados a apresentar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma petição exigindo um prazo para o 'fim da ocupação dos territórios palestinianos'", ou seja, o regresso às fronteiras anteriores a 1967.
ABBAS COM O CHEFE DA LIGA ÁRABE |
É muito provável que esta resolução acabe por chumbar, quer por um provável veto dos Estados Unidos ou por falta de um número de votos suficientes do Conselho de Segurança.
De qualquer modo, esta petição trará novamente à tona a questão palestiniana, algo que nem agrada nem muito menos interessa a Israel.
A França irá votar o reconhecimento de um "estado palestiniano" no seu parlamento já na próxima Terça-Feira, o que, ainda que sendo um acto simbólico, acrescenta mais peso às pretensões palestinianas.
LIGA ÁRABE APOIA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO À ONU
A Liga Árabe decidiu hoje aprovar um esboço de resolução a apresentar ao Conselho de Segurança da ONU, para a retirada de Israel dos "territórios ocupados" até Novembro de 2016, de forma a criar-se um enquadramento territorial para a formação de um estado soberano palestiniano.
Os ministros ali reunidos criaram uma comissão composta por representantes do Kuwait, Mauritânia, Jordânia e ainda pelo chefe da Liga Árabe, de forma a iniciarem um processo de apoio internacional para a resolução.
A retirada "exigida" a Israel inclui os territórios na Judeia e Samaria e ainda a parte oriental da capital Jerusalém, que passaria a ser a capital da "Palestina."
Shalom, Israel!
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