Israel prepara uma forma inovadora de atacar as células cancerígenas sem danificar as outras à volta.
Esta nova tecnologia desenvolvida pela Universidade de Tel Aviv é uma tecnologia "nano e micro" que permitirá a "entrega" da medicação exclusivamente às células cancerígenas, deixando as outras à volta perfeitamente intactas. Milhões de pessoas cancerosas pelo mundo fora e que são sujeitas ao tratamento da quimioterapia e outras drogas sabem que os seus efeitos colaterais podem ser devastadores. Esta nova tecnologia reduzirá substancialmente este lado desagradável da quimioterapia.
Esta ciência usa minúsculas bolhas, visíveis só através de poderosos microscópios, e que contêm grandes quantidades de produtos terapeuticos. "Este avanço está na linha da frente da nova fronteira da administração medicamentosa e do tratamento do cancer" - afirma a Dr. Rimona Margalit, do departamento de bioquímica da Universidade de Tel Aviv, responsável pelo desenvolvimento desta nova tecnologia.
Actualmente, o tratamento à base de quimioterapia e radiações utilizadas para tratar o cancer não atingem apenas as células cancerosas, mas destroem todas as células - sejam elas más ou saudáveis. O resultado é que os pacientes poderão sofrer de tudo, desde a exaustão à anemia, às náuseas, vómitos e perda do cabelo. A tecnologia de Margalit permite que a medicação para o cancer seja colocada dentro de pequeninas bolhas, tão minúsculas, que milhões delas podem caber dentro de 1 centímetro!
A superfície das bolhas contém um agente que lhes permite distinguir quais as células boas e as más. Quando as bolhas "reconhecem" uma célula cancerosa, "descarregam" toda a medicação sobre aquela célula. Como resultado, a medicação é mais eficientemente aplicada à localização certa, aumentando a eficácia do tratamento. As células saudáveis são deixadas intactas, causando menos sofrimento colateral.
Até agora esta tecnologia tem sido aplicada eficientemente a animais de laboratório. A tecnologia pode também ser aplicada a outras situações, como a diabetes e a osteoartrite, feridas e doenças infecciosas. "Daqui a 20 anos isto pode estar espalhado por todo o lado" - comenta Magalit. - "O próximo passo é aplicar esta tecnologia a humanos, embora os ensaios clínicos estejam ainda a uma década de distância."
Mais uma vez na vanguarda da ciência, Israel não pára nem nunca deixará de nos surpreender!
Shalom, Israel!
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