Merkel afirmou ontem que não acredita haver suficiente clarificação após a reabilitação de Richard Williamson, que questionou o gaseamento de 6 milhões de judeus.
O Papa, nascido na Alemanha, mostrou solidariedade para com os judeus e alertou contra qualquer negação dos horrores do Holocausto.
Entretanto, o cardeal responsável no Vaticano pelas relações com os judeus disse numa entrevista à rádio que a Igreja Católica tratou do assunto da reabilitação do bispo inglês de forma muito má, acrescentando que não foi sequer consultado pelo Papa Bento XVI.
Sabe-se que esta questão tem gerado um enorme mal estar no próprio Vaticano, para não falar da revolta causada nos muitos ainda vivos sobreviventes do Holocausto, entre os quais o prémio Nobel da literatura Elie Wiesel, o rabinado-mor de Jerusalém, os líderes judaicos na Alemanha e outros mais.
Merkel, como alemã, é a pessoa certa para "exigir" ao Papa, também alemão, uma clara rejeição da negação da maior tragédia humana do século XX, fazendo-o talvez em nome da própria organização (Igreja Católica) que também não está inteiramente inocente nessa questão...
Shalom, Israel!
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