quarta-feira, fevereiro 15, 2017

TRUMP LAVA AS MÃOS DA SOLUÇÃO 2 ESTADOS

Durante a conferência desta manhã em Washington com a presença de Donald Trump e Netanyahu, o presidente norte-americano descartou qualquer escolha, entregando a decisão nas mãos dos israelitas e seus inimigos, os palestinianos: "Olho para dois estados e para um estado, e gosto do que ambas as partes gostarem."
Foi assim, à boa maneira de Pilatos, que Trump lavou as mãos de qualquer responsabilidade decisiva em matéria tão escaldante e até explosiva. Mostrou esperteza política, mas também hipocrisia em relação às expectativas criadas em grande parte da população israelita.
Respondendo à pergunta sobre a prometida mudança da embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém, uma clara promessa repetida por diversas na campanha eleitoral, Trump esquivou-se mais uma vez a uma clara definição, ficando-se por um "gostaria muito de ver isso acontecer." E acrescentou: "Estamos a olhar para isso muito intensamente. E com muito cuidado. Acreditem em mim. Veremos o que acontece, ok?"
 
UMA ALIANÇA DURADOIRA E CONFIÁVEL?
Para alguém que mostrava tanta convicção nessa promessa, nota-se o início de uma doença que ataca os arraiais da política suja: a incurável hipocrisia.
 
Claro que Trump tenta compensar Israel com promessas de grandes e inquebrantáveis laços de amizade, oferta de segurança, e um plano de paz abrangente, afiançando ainda que a sua administração tudo fará para impedir que o Irão alguma vez consiga produzir uma arma nuclear. O presidente iniciou ainda a sua intervenção afirmando que Israel tem sido tratado "muito injustamente" pela ONU.
Mas essa cortina de fumo não o impediu de exigir a Israel (e aos palestinianos) que faça "compromissos" para alcançar a paz, suspendendo até a construção de novos aldeamentos.
 
Aparentemente bem disposto, Netanyahu foi mais incisivo, e insistiu na necessidade nunca alcançada de os palestinianos reconhecerem Israel como um estado judaico, de se desmilitarizarem, e de pararem com a glorificação do terrorismo.
Ainda que já tenhamos abordado essa questão neste blog, mas foi mesmo assim surpreendente ouvir Netanyahu apelar a uma aproximação "regional" que inclua estados árabes. Esta "novidade" animou o próprio Trump que logo respondeu: "Não sabia que iria mencionar isso, mas já que o fez, é uma coisa fantástica."
Trump acrescentou ainda que tal iniciativa regional "incluiria muitos, muitos países."
Esta última expressão de Trump causa-me arrepios. Quem conhece as profecias de Daniel, sabe ao que me estou referindo...
Toda esta "revelação" surgiu a meio de crescentes especulações de que vários países árabes sunitas estariam dispostos a cooperar com Israel à luz da oposição regional do Irão, de maioria xiita.
 
Resta-nos ver no que esta "grande amizade" vai dar em termos de vantagens para Israel...
 
Shalom, Israel!

5 comentários:

Victor Nunes disse...

Acho posso estar errado Trump ta jogando quando tudo estiver pronto ele vai mudar embaixada ele não é trouxa e não parece ter medo...Ele fala que não pra mídia não encher o saco

Unknown disse...

A minha visão desta comunicação de Donald Trump é muito positiva. Trata-se de uma posição bastante inteligente. Não entrando em choque directo com os árabes, põe a mão no ombro de Israel, posicionando-se a favor desta nação. Veja-se as reacções de uns e de outros. Ao passo que do lado árabe a frustração e desapontamento são enormes, do lado de Israel a satisfação é total. Aquela euforia (encoberta inteligentemente) de Benjamin Netaniahu expressa na conferência, não engana ninguém. E ainda o modo honroso como o casal Israelita foi recebido na Casa Branca. Nem os líderes Britânico, Japonês e Canadiano tiveram as honras da Primeira Dama a recebê-los. Fica por fim a convicção de que Donald está mesmo disposto a abrir uma embaixada em Jerusalém. O tempo o dirá.

Marcelina Motta disse...

Eu tambem penso assim. Eu acho até que os dois converssaram escondido, à portas fechadas e lá o Trump deve ter falado muitas coisas para Benjamim de forma que ele permaneceu sereno o tempo todo.

Marcelina Motta disse...

Concordo.

De Sousa disse...

Pilatos: Não acho falta nele, essa foi a sua opinião até o fim do julgamento.
Pilatos considerou Yahushuah inocente mesmo assim mandou executa-lo...[os judeus com um julgamento completamente falso entregaram o Messias nas mãos dos romanos para que estes o assassinassem]
O moderno estado de Israel sem frutos de conhecimento do Eterno existe unicamente como uma chamada de atenção para o fim do mundo.
O REI YAHUSHUAH ESTÁ VOLTANDO, QUEM TEM OUVIDOS OUÇA