Não sei até que ponto há sinceridade nestas acções e gestos de proximidade e até de identificação do super-poderoso Obama e do papa Francisco I aos judeus. Até podem ser genuínos e sinceros. Se assim for, tanto melhor.
Mas seja como for, esta aproximação com os judeus manifesta nesta ocasião da Páscoa judaica, ontem celebrada e a decorrer nestes 7 dias, poderá ser um caminho já previsto e incontornável na aproximação do Chefe do Vaticano e do político mais poderoso na terra ao povo eleito, uma condição mais que necessária para o estabelecimento de um "plano de paz" entre Israel e os demais, patrocinado pelo poder político e sustentado e promovido pelo poder religioso, ambos centralizados em duas personagens apocalípticas, a "besta" e o "falso profeta."
Não quero com isto dizer que Obama e Francisco I sejam essas personagens, mas simbolizam as duas com grande proximidade, uma vez que a revelação profética em Daniel e Apocalipse nos falam de 2 "super-homens" (um político e outro religioso) que encabeçarão uma aliança com Israel nos últimos dias a qual posteriormente trairão.
Podemos estar exactamente agora a ver esse quadro a tornar-se cada vez mais claro diante dos nossos olhos.
OBAMA CELEBRA PÁSCOA NA CASA BRANCA
Mais uma vez Obama celebrou o seder, a refeição da Páscoa judaica na Casa Branca, sendo assim o único presidente norte-americano a celebrar essa festa de origem e tradição judaicas.
Tal como expressou no seu já famoso discurso aos estudantes universitários em Jerusalém na passada quinta-feira, Obama parece ter grande respeito e admiração pela História da Páscoa judaica. A suas palavras demonstram-no bem:
"É uma história de séculos de escravidão, e anos de peregrinação pelo deserto," - afirmou Obama, continuando: "É uma história de perseverança no meio da perseguição, e fé em Deus e na Torá. É uma história sobre encontrar a liberdade na sua própria terra. E para o povo judeu, esta história é central para aquilo em que vos tornastes. Mas é também uma história que guarda em si própria a experiência humana universal, com todo o seu sofrimento, mas também tudo sobre a sua salvação."
Sabe-se hoje que os mentores da educação de Obama eram todos judeus que, apesar de serem secularizados, terão transmitido a Obama uma profunda conscientização e identidade judaicas.
Percebe-se também que Obama tem insistido em "ligar" a Pascoa judaica, o grande movimento de libertação dos judeus após séculos de opressão e escravidão aos movimentos de libertação dos negros e dos escravos na América, sendo ele mesmo como negro um "resultado" dessa libertação, dessa "Páscoa" africana...
FRANCISCO I ESTENDE SAUDAÇÕES DA PÁSCOA À COMUNIDADE JUDAICA
Ontem também, o novo papa Francisco I estendeu as suas saudações ao rabi-mor de Roma e aos judeus do mundo inteiro num gesto que visa fortalecer as relações entre as duas religiões, no dia em que os judeus iniciaram as celebrações da sua Páscoa.
Na sua mensagem ao rabi Riccardo di Segni, Francisco I disse "esperar que o Todo-Poderoso, que libertou o Seu povo da escravidão no Egipto guiando-os até à Terra Santa os continue a libertar de todo o mal, acompanhando-os com a Sua bênção."
E pediu: "Peço-vos que orei por mim, tal como vos asseguro das minhas orações, confiante de ser capaz de aprofundar os laços do respeito e amizade mútuos," - prometeu ainda o líder católico aos judeus.
No dia da sua entronização esteve presente uma vasta delegação de rabis, sublinhando os fortes laços entre as duas religiões.
Apesar de as delegação muçulmana na posse de Francisco I ter sido de "segundo nível", mesmo assim o papa asseverou na passada semana querer "intensificar" o seu diálogo com o islão, ecoando assim a esperança de que o mundo islâmico possa estabelecer melhores laços com a Igreja Católica durante o seu reinado como papa.
O caminho prepara-se...
Shalom, Israel!
1 comentário:
Não tenho qualquer desconfiança nas ações dos dois representantes políticos, tenho é muita certeza.Certeza de que são tudo, menos amigos de Israel!!!
Shalom
Fabiana Leite
É certo que não dorme, nem se confunde o guarda de Israel.
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