O chefe supremo da Igreja Católica Romana - o "papa" Francisco I - visitou esta manhã os campos de morte nazis de Auschwitz e Birkenau, onde mais de 1 milhão de judeus foram exterminados, muitos deles transformados em cinza.
Este é o terceiro chefe católico a visitar estes campos de morte.
Envergando uma veste branca e um solidéu na cabeça, Francisco I caminhou sozinho e solenemente pela entrada onde ainda estão expostas as cínicas palavras: "Arbeit Macht Frei" (O trabalho liberta). O chefe católico argentino percorreu depois num pequeno veículo vários dos barracões, parando depois para se sentar num banco, onde durante longos momentos ficou envolvido em rezas e contemplação.
Francisco I encontrou-se depois com vários sobreviventes do Holocausto, exactamente diante da parede onde os nazis assassinaram a tiro milhares de pessoas presas naquele campo de morte. Sempre circunspecto, o chefe católico beijou alguns daqueles sobreviventes ao maior genocídio da História.
Entre os sobreviventes ali presentes, estava Helena Dunicz Niwinska, uma mulher já com 101 anos e que tocava violino na orquestra de Auschwitz. Outro sobreviventes ali presentes trabalharam no hospital do campo de morte e outros estiveram ali presos ainda como crianças.
Depois de acender uma vela diante da parede, Francisco I visitou a cela onde viveu um sacerdote polaco que tomou o lugar de um condenado à morte.
Tal como planeado entre a Santa Sé e as autoridades polacas, esta visita do chefe católico seria marcada pelo silêncio contemplativo, pela meditação e pelas orações. Segundo o pedido do "papa" esta visita não seria para discursos, mas para contemplação, reflexão e para "deixar as lágrimas correr."
Próximo a um dos crematórios destruídos pelos nazis, o chefe católico irá ainda dirigir uma prece pelos 1,1 milhões de seres humanos assassinados neste campo de morte nazi.
Shalom, Israel!