É cada vez mais provável uma guerra com o Hezbollah para 2018. O clima tenso que se tem vivido com a intervenção do grupo terrorista na guerra Síria e a confirmada presença iraniana, são, para além das ameaças do Hezbollah contra Israel, uma previsão daquilo que Israel pode esperar nos próximos meses.
Mas Israel já se habituou a estas situações no passado. Só que desta vez, tal como se tem falado nos bastidores, os inimigos de Israel vão ter surpresas dolorosas.
NOVOS SISTEMAS DE ARMAS
O comando das forças militares terrestres tem estado a desenvolver novos sistemas de armas que reformularão o campo de batalha para a infantaria, corporações armadas, unidades de combate e forças de artilharia, uma vez que as tropas israelitas estão esperam fazer face a uma nova série de ameaças em terra, no ar, e por debaixo da terra.
Novas armas já estão a ser integradas nas Forças de Defesa de Israel, estando outras a ser desenvolvidas de forma a serem integradas nos próximos anos.
As tropas serão por exemplo alertadas sobre ameaças do Hamas e do Hezbollah contra grupos concentrados de forças das FDI através de um sistema de "Cúpula de Ferro", que as poderá identificar e até desviar.
As ameaças dos inimigos poderão incluir drones "suicidas", e mísseis de curto alcance capazes de transportar uma tonelada de explosivos. Interceptar essas ameaças pode requerer vários tipos de defesa, tais como mísseis interceptadores, raios laser e misturadores de rádio criando confusão através de meios electrónicos.
As forças integradas receberão também material de guerra de efeitos letais, como pequenas aeronaves não tripuladas carregando explosivos e capazes de atacar alvos próximos com a precisão de um metro.
As forças terrestres receberão também morteiros de alta precisão, dezenas de drones "Skylark-III", dezenas de drones capazes de realizar missões de resgate e de apoio e, mais importante, um centro de comando aéreo anexado às brigadas que poderá operar os drones e dirigi-los para aterrar, abrindo caminho a um helicóptero de socorro.
No campo da robótica, bulldozers controlados à distância irão ser utilizados contra forças inimigas anti-tanque e contra engenhos explosivos, para além de sistemas de disparo automático e de observação que encaminharão as forças terrestres.
A próxima geração de canhões será também muito mais veloz, e com uma precisão até 40 quilómetros. A capacidade de cada canhão superará a de uma bateria inteira. Serão necessários apenas 3 a 5 homens para manobrar o tiro, contra os 11 anteriormente necessários. O mecanismo de carregamento será semi-automático. Os primeiros 100 canhões serão deslocados sobre rodas, não em tanques, uma medida que permitirá às FDI poupar entre 25 a 40 por cento do arsenal actual.
Estão também a haver inovações nas munições, com drones "kamikaze" e engenhos voadores não tripulados para recolha de informação e para ataques. Alguns já estão a funcionar nas unidades especiais e usados para atingir estruturas inimigas.
"O INIMIGO IRÁ DISPARAR DIARIAMENTE MILHARES DE MÍSSEIS"
Num briefing realizado ontem com repórteres, um oficial de alta patente informou que na próxima guerra não haverá outra alternativa que não passe por colocar forças terrestres para efectuarem uma rápida e profunda penetração que leve à conquista de território inimigo, eliminá-lo (em vez de neutralizá-lo), e destruir os seus depósitos de armas, especialmente as rampas de lançamento de mísseis, de forma a diminuir a quantidade de fogo disparado pelo inimigo.
"O inimigo irá disparar diariamente milhares de mísseis contra centros populacionais. Numa guerra dessas combatida em várias frentes, iremos arregimentar todas as forças terrestres, incluindo batalhões na reserva das divisões da Judeia e Samaria, e da fronteira do Sinai. Se a guerra rebentar amanhã, estaremos prontos para enfrentar o desafio" - afirmou o general.
"Existe um acordo entre as altas patentes do exército de que, na próxima guerra, mísseis caindo sobre centros populacionais levarão a uma rápida intervenção do comando terrestre" - informou o militar.
O oficial acrescentou ainda: "O exército irá actual com as forças de reserva. A guerra poderá durar algumas poucas semanas até termos dado um forte golpe, mas não durante meses. Os cidadãos não precisam de se preparar para outra Guerra de Yom Kippur. Na próxima guerra, iremos lidar com edifícios muito altos em áreas urbanas, e contra um inimigo experiente como é o Hezbollah."
"Já fortalecemos a integração do comando. Não haverá mais uma infantaria ou um grupo a lutar por si só." Para o comandante, "ninguém tem uma clara definição do que é uma vitória. A vitória é um misto de ganhos tácticos, conjuntamente com resultados bem sucedidos do comando, como por exemplo matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah."
A opinião geral é a de apesar de as chances de uma guerra em 2018 terem aumentado, tal não significa que Israel esteja interessado nela.
Shalom, Israel!