O prestigiado "American Interest" classifica anualmente as 8 maiores potencias mundiais, e este ano, pela primeira vez, decidiu incluir Israel nessa lista.
Segundo o "AI", "Israel é um pequeno país numa região caótica do mundo, uma potência crescente com um impacto crescente nas questões mundiais."
A "AI" cita três factores que estão capacitando Israel como potência mundial: os desenvolvimentos económicos, a crise regional e a capacidade diplomática.
O PODER ECONÓMICO DE ISRAEL
"Os desenvolvimentos económicos por detrás do novo estatuto de Israel são em parte o resultado da sorte e da localização, e por outro lado o resultado de escolhas inteligentes" - escreve o "AI".
As descobertas de gás natural e de petróleo na costa marítima israelita estão fazendo de Israel um exportador de energia. A auto-suficiência energética é um forte impulso para a economia do país. As exportações de energia impulsionam a influência política internacional de Israel.
A influência recentemente constatada resulta também do crescimento de sectores industriais e de tecnologias que "boas escolas israelitas, sábias decisões políticas e talentosos pensadores e empreendedores israelitas têm vindo a construir ao longo de muitos anos."
Como exemplo deste sucesso está a decisão israelita de apoiar o crescimento da ciber-segurança doméstica e economia info-técnica, o que tem colocado o estado judaico no centro da revolução em andamento no poder militar baseado na importância do controle da informação e gestão para os estados do século 21.
"Outras indústrias menos apelativas como a da irrigação, a dessalinização e a tecnologia de cultura agrícola em terras secas que um país escasso em água como é Israel vem desenvolvendo ao longo de décadas têm deixado as suas marcas."
Os esforços diplomáticos de Israel na África e a sua crescente relação com a Índia beneficiam da capacidade israelita de proporcionar aquilo que os povos e os governos de outros países desejam.
A ESTABILIDADE DE ISRAEL NO TURBILHÃO DO MÉDIO ORIENTE
O facto de Israel deixar de ser aos olhos do mundo um estado pária para se tornar numa potência estável é notável numa região rasgada por diversos conflitos, na sua maioria causados pela rivalidade entre xiitas e sunitas.
"Israel tem um misto de inteligência e de capacidades militares que ajudam a manter a estabilidade e equilíbrio regionais. Muitos proeminentes líderes árabes têm vindo a dizer, de forma mais ou menos privada, que o apoio de Israel é necessário para a sobrevivência da independência árabe."
UM MESTRE NA NAVEGAÇÃO DIPLOMÁTICA
Israel tem também conseguido "avançar a sua agenda política global através da diplomacia eficaz e até mesmo da diplomacia subtil" - acrescenta o relatório da "AI".
O aprofundamento dos laços diplomáticos entre Israel e diversos países pelo mundo fora e a sua habilidade de navegar o cada vez mais instável cenário diplomático "tem também ajudado Israel a alcançar novos níveis de contacto e de colaboração com muitos estados árabes."
Claro que a presença do Hezbollah a Norte, a guerra civil na Síria, a ameaça terrorista palestiniana dentro de Israel e a instabilidade regional constituem perigos claros e presentes.
Israel pode no entanto descansar à sombra da amizade prometida pela nova administração de Trump, permitindo o estabelecimento de uma aliança anti-Irão, e ainda a crescente amizade com as maiores potências mundiais.
Shalom, Israel!