Segundo analistas militares e dos serviços secretos israelitas, a Turquia tem vindo a posicionar-se como um perigo crescente para Israel e não só.
Ao mesmo tempo que Israel celebra o estabelecimento de relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos, estando já outras possíveis "5 surpresas" a caminho, para grande irritação dos palestinianos e do turco Recep Erdogan, uma delegação do movimento terrorista Hamas deslocou-se ontem a Istambul para um encontro com o ditador turco Erdogan, no qual, entre outros assuntos, foram abordados os temas da "anexação" de partes da "Margem Ocidental", das relações diplomáticas entre Israel e os Emirados, e ainda a "preocupação" com a judaização de Jerusalém." Tudo isto a dois dias da visita a Jerusalém do secretário de estado norte-americano Mikeo Pompeo e de Jared Kushner, o genro de Donald Trump responsável pelo "acordo do século" para o Médio Oriente.
A delegação do Hamas foi composta pelo seu líder Ismail Haniyeh e por Saleh al-Arouri, um terrorista com a cabeça a prémio, e por cuja captura os EUA oferecem 5 milhões de dólares.
Mas a grande e crescente preocupação chama-se Turquia, e seu líder, o ditador muçulmano com aspirações a califa Recep Erdogan, que tem estado a converter antigas igrejas cristãs em mesquitas, e que tem de ano para ano engrossado as suas condenações e ameaças ao estado de Israel.
O cruel ditador turco já chegou a comparar o governo de Israel aos nazis, prometendo também "libertar" a mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, a capital de Israel.
As ameaças tornam-se agora motivo de preocupação para Israel, com relatórios recentes dos serviços secretos e militares israelitas a classificarem Ancara como um desafio e uma ameaça.
Um artigo recente no diário The Times relatou que o chefe da Mossad, Yossi Cohen, "tem andado desde há anos a ter conversas secretas com responsáveis de países do Golfo." Se bem que a ameaça do Irão tenha estado no centro das conversações, há no entanto uma outra ameaça a surgir no horizonte.
"Houve um outro encontro há cerca de 20 meses em que escapou um outro assunto da agenda: 'O poder do Irão está fragilizado, mas a ameaça real vem da Turquia.'" - terá revelado Cohen, dando disso conhecimento a líderes da espionagem egípcia, saudita e dos Emirados.
Pela primeira vez na História de Israel, há um consenso entre os militares e os serviços secretos de que a Turquia se apresenta actualmente como "um desafio."
OUTRORA ALIADOS...
O que é incrível é que ainda não há muito tempo atrás Israel era um país aliado da Turquia. Entre 2005 e 2010 Israel vendeu drones à Turquia. A partir daí, as relações começam a azedar e os contratos acabaram. O regime turco, enraizado na "Irmandade Muçulmana", começou a apoiar o regime terrorista do Hamas, na Faixa de Gaza, tendo também provocado Israel como envio de uma flotilha com "ajuda humanitária" para Gaza, e que Israel interceptou. Essa acção israelita, juntamente com a acção militar em Gaza levaram ao romper das relações diplomáticas entre os 2 países, entretanto restabelecidas em 2015.
Mesmo assim, a Turquia continua a provocar Israel em várias frentes, dando guarida a terroristas do Hamas que planearam ataques a Israel a partir de território turco. A Turquia tem também concedido a cidadania a vários terroristas operacionais do Hamas. Para além disso, o país está envolvido no conflito da Líbia, apoiando um dos lados em conflito com o envio de mercenários sírios e armamento.
A Turquia tentou tudo para impedir o acordo entre Israel e a Grécia para a construção de uma conduta de gás natural entre os dois países, o que, não tendo conseguido, leva mesmo assim a marinha turca a provocar a Grécia e Chipre com o envio de embarcações de guerra para a região. A situação actual naquela região do Mediterrâneo é tensa, levando já ao envolvimento da França, com o envio de 2 navios de guerra e vários aviões. Israel já anunciou o seu apoio à Grécia neste conflito latente, colocando o estado judaico em sintonia com as nações que fazem frente às aspirações da Turquia.
Tanto a União dos Estados Árabes, como a França, a Grécia, Chipre e o Egipto condenaram já as movimentações turcas no Mediterrâneo. O Egipto não aceita que a Turquia envie mais mercenários para a vizinha Líbia, tanto mais que tudo isto parece fazer parte da agenda da "Irmandade Muçulmana" proibida no Egipto mas acalentada na Turquia.
A "Irmandade Muçulmana" alimenta atitudes extremistas religiosas antissemitas, bem ao gosto do ditador turco, que tem andado a tentar estabelecer bases na Somália, para além das ligações já existentes com Tripoli e com o Catar.
O regime autoritário de Ancara é o responsável pelo maior número de jornalistas presos do mundo inteiro. A perseguição aos cristãos é bem visível. A islamização do país alegadamente laico é ponto assente no programa do ditador Erdogan, com milhões sendo investidos na criação de escolas e instituições islâmicas por todo o território. O país tem vindo a adoptar a "causa palestiniana", tal como o Irão tem vindo a fazer nos últimos anos.
"LIBERTAÇÃO DE JERUSALÉM"
Em Junho passado, a logo após a contestada conversão da Hagia Sophia em mesquita, o regime turco prometeu mobilizar a comunidade islâmica contra Israel. Foi prometida a "libertaçã" da mesquita de al-Aqsa, no Monte do Templo, em Jerusalém. Isso é uma repetição do apelo do Irão para em conjunto com o Iraque, o Iémen e o Líbano "libertarem a Palestina."
A grande inquietação no meio de todas estas ameaças é a mistura que a Turquia está a fazer entre a religião e o militarismo populista. Ontem mesmo os líderes receberam a comitiva do Hamas, tal como já haviam feito em Fevereiro e em Dezembro passado, cimentando dessa forma o estreitamento das relações com o grupo terrorista que visa a aniquilação pura e simples do estado de Israel.
A aproximação do Hamas estende-se também ao regime totalitário da Malásia e o Catar.
Ora, foi exactamente nesse contexto dos encontros do Hamas com a Turquia, o Catar, o Irão e a Malásia, que a Turquia avançou pelo Mediterrâneo, de forma a desafiar Israel, a Grécia e outros. As coisas estão a mover-se muito rapidamente, com o acordo entre a França e Chipre para uma maior cooperação militar, e o estabelecimento de relações entre Israel e os Emirados.
Como resultado deste acordo entre judeus e árabes, a Turquia ameaçou retirar os seus diplomatas dos Emirados, e está tentando fomentar uma oposição à alegada possibilidade de estabelecimento de relações entre o Sudão e Israel.
CONTRA ISRAEL
A estratégia actual de Ancara resume-se por enquanto ao apoio ao Hamas, o grande inimigo do estado judaico. Por outro lado, tem também tentado abraçar a causa do al-Aqsa, tal como o Irão vem fazendo. A Turquia está também investindo na zona oriental de Jerusalém dominada pelos muçulmanos árabes.
GOGUE E MAGOGUE?
Existe um cada vez maior consenso de que Magogue, indicada na Bíblia como a terra de Gogue, será na região da Turquia moderna, tal como Togarma e outros povos que por ali se espalharam após o grande Dilúvio.
Sendo essa aliança de povos profetizada por Ezequiel há mais de 2.500 anos, é impressionante ver como as nações mencionadas na antiga profecia e que invadirão Israel nos "últimos dias" encaixam perfeitamente com as situações e condições actuais, com os dois países mais importantes mencionados - Turquia e Irão - tornando-se os líderes do ódio contra Israel e quiçá as suas maiores ameaças militares de momento.
Só Deus sabe, mas a verdade é que o quadro profético parece estar a formar-se rapidamente para o desfecho final...
Shalom, Israel!