Num raro gesto de bom senso, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários anunciou uma significativa redução nas suas prévias estimativas do número de vítimas mortais em Gaza. Inicialmente reportadas em 6 de Maio, a ONU citava números próximos de 9.500 mulheres e 14.500 crianças mortas desde o início do conflito em 7 de Outubro. Contudo, um novo relatório divulgado em 8 de Maio reviu dramaticamente em baixa esses números.
Os números iniciais dependiam quase na sua totalidade nas informações nada confiáveis prestadas pelo Ministério Palestiniano da Saúde, que é controlado pelo Hamas. Os números agora anunciados, ainda que menores, continuam a atrair escrutínio e controvérsia a meio do conflito em Gaza.
Segundo o último relatório da ONU, cerca de 4.959 mulheres e 7.797 crianças terão até agora morrido neste conflito. Esta revisão sublinha os desafios na recolha de informações precisas em zonas de conflito, em particular quando dependem de fontes com interesses partidários no conflito.
A ONU reconheceu agora que que a sua dependência inicial nos dados fornecidos pelo Ministério Palestiniano da Saúde, administrado pelo Hamas em Gaza, contribuiu para os números inflacionados. A organização citou dificuldades na verificação independente do número de vítimas devido à situação volátil no terreno e a enorme magnitude de baixas.
REACÇÃO ISRAELITA
Em reacção a estes novos dados da ONU, as autoridades israelitas têm desde há muito reiterado as suas preocupações com a manipulação pelo Hamas dos dados das vítimas com fins propagandísticos. Israel tem contestado, alegando que os números inflaccionados não reflectem com precisão a realidade no terreno e enfatizam a necessidade de uma averiguação independente.
Entretanto, uma comunicação do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel no tweet sobre a revisão no número de baixas em Gaza já despertou uma enorme controvérsia. O ministro escreveu que depender dos dados fornecidos pelo ministério palestiniano, dessa forma incriminando Israel é na prática apoiar o terrorismo, e constitui um comportamento antissemita.
Como exemplo, um dos incidentes citados pelas autoridades israelitas é o ataque a um hospital na Faixa de Gaza que resultou na morte de cerca de 100 civis. Israel mantém a versão de que o incidente foi provocado por um rocket disparado por uma organização terrorista, e não deliberadamente pelas forças israelitas. Israel continua no entanto a aguardar por essa confirmação por parte dos representantes da ONU...
O problema é que uma mentira repetida muitas vezes é crida como verdade...e a comunicação social, manipulada por interesses obscuros, nunca revelará a realidade dos factos, por mais convincentes que eles sejam...
Shalom, Israel!
Sem comentários:
Enviar um comentário