Volvidas que foram as horas alegres e eufóricas da libertação e do reencontro com familiares esta manhã, os 3 reféns hoje libertos das garras dos assassinos do Hamas - Keith Siegel, Ofer Calderon e Yarden Bibas - queixaram-se dos maus tratos a que foram sujeitos durante os 484 dias de cativeiro às mãos dos terroristas do Hamas em Gaza.
Todos os ex-reféns confirmaram à "Kan News" que foram mantidos em duras condições, eram constantemente levados de um lado para outro, e a comida era escassa.
Keith Segal foi mantido pelos captores do Hamas juntamente com outros reféns na cidade de Gaza. Durante algum tempo ficou em túneis, mas na maior parte do tempo foi levado de casa em casa. Os seus sequestradores mantinham-no fechado dentro de um quarto para que não pudesse ser visto. A comida era extremamente escassa. Ainda que vegetariano, os seus sequestradores traziam-lhe carne de vez em quando, que ele comia para poder sobreviver. Durante muitos meses ele desconhecia que o seu filho Shai havia sobrevivido ao ataque do Hamas ao kibbutz Kfar Aza, até que ouviu a voz do seu filho na rádio, tendo ficado imensamente aliviado.
Ofer Calderon e Yarden Bibas contaram que ficaram juntos nos primeiros dias de cativeiro. Os terroristas bateram-lhes, colocaram-nos em jaulas e abusaram deles física e mentalmente. Eram a cada passo deslocados de um lado para outro, e mantidos em subterrâneos e em edifícios, por vezes com outros reféns. Os sequestradores trataram Calderon como soldado reservista, pelo que foi hoje libertado envergando um traje militar. Ao ser liberto, pediu uma cerveja aos soldados das IDF, tendo-lhe sido dito que a deveria beber devagar devido ao estado de fraqueza em que se encontrava.
Bibas informou ter sido levado de um lado para outro em Khan Younis, tanto em casas, como em túneis. Ele foi sujeito a graves abusos psicológicos, com os seus captores falando constantemente da sua esposa Shiri e dos seus dois filhos Ariel e Kfir. Contudo, ele manteve-se mesmo assim esperançoso, tendo até aprendido a falar em árabe.
Tanto ele como Calderon viram reportagens das campanhas pelos reféns, e isso deu-lhes esperança e força.
As famílias dos reféns agora libertados contam que os sequestradores diziam-lhes muitas vezes que "iam amanhã para casa", que lhes iriam dar comida, mas depois tiravam-na e riam-se, tendo alguns deles tido as mãos amarradas e submetidos a grande violência. Alguns foram postos dentro de jaulas por se "oporem a terroristas." Alguns foram mantidos em túneis húmidos com pouco ar para respirar po longos períodos de tempo.
183 CRIMINOSOS EM LIBERDADE...
O preço que Israel está a pagar pela libertação dos seus reféns é demasiado alto para ser compreendido e absorvido: por troca dos 3 reféns libertados esta manhã, Israel soltou das suas prisões 183 criminosos palestinianos, dos quais 32 foram levados para a Judeia e Samaria, e outros 150 para a Faixa de Gaza.
PASSAGEM DE RAFAH REABERTA
Entretanto, e respeitando o acordo, Israel permitiu a reabertura da passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e o Egipto, permitindo a passagem de cerca de 50 palestinianos que precisam de cuidados médicos e outros.
Esperemos em oração para que o acordo continue a ser respeitado por ambas as partes, e que as novas negociações para a segunda fase decorram com êxito, visando a libertação final da totalidade dos reféns ainda detidos em Gaza, sabendo-se que algumas dezenas deles regressarão já cadáveres...
Shalom, Israel!
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