sábado, fevereiro 21, 2009

CRISTÃOS ÁRABES PROTESTAM CONTRA SÁTIRA NA TV


Cristãos árabes protestaram hoje contra comentários satíricos feitos sobre Jesus por um apresentador israelita num programa nocturno talk show do canal 10 da TV israelita.
Os protestos incluiram uma exigência ao presidente Peres para que ele peça desculpa pelos lamentáveis comentários do apresentador da TV.
No programa da TV, o apresentador Lior Shlein estava comentando sobre a reinserção do bispo Richard Williamson pelo Vaticano, apesar da sua negação da extensão da tragédia do Holocausto.
Durante o programa, Shlein negou sarcasticamente as tradições cristãs, dizendo que Maria não era virgem e que Jesus não caminhou sobre a água. O apresentador do talk-show disse que estava fazendo isso como forma de "lição" para os cristãos que negam o Holocausto.
O Vaticano reagiu enfurecido contra essa tentativa e Shlein emitiu posteriormente um pedido de desculpas formal.
Os "protestantes" cristãos não pareceram no entanto ficar apaziguados. Cerca de 100 residentes de cidades na Galiléia - Judeide, Mayilia, Pasuta e Kfar Yasif - reuniram-se este sábado, apesar do mau tempo que fazia, demonstrando a sua objecção aos comentários de Shlein.
Alguns empunhavam cartazes apelidando o apresentador de "escumalha" e o canal 10, onde o programa foi apresentado, de "demónios".
Um dos manifestantes disse acreditar que os problemas começaram com os comentários controversos do bispo exonerado: "O papa pediu desculpa por isso, bem como outras individualidades do mundo cristão. Mas apesar disso, Shlein, numa forma inaceitável que nem sequer agradou à audiência, abusou da plataforma que lhe foi dada pelo canal 10 e pisou em cima da honra de uma das expressões de fé." - afirmou George Anton.
Nos protestos fizeram-se também exigências ao presidente Peres para que renuncie publicamente aos comentários de Shlein e que torne claro que os seus pontos de vista não representam Israel.
Não podemos condescender com qualquer tipo de sátira aos valores sagrados. O que é sagrado para uns deve merecer o respeito dos outros. Sejam os valores de fé comungados por muçulmanos, judeus ou cristãos, a liberdade de uns não pode ser prejudicada pelo desrespeito de outros.
Não acredito no entanto que se tenha de chegar ao ponto de exigir que o presidente de Israel se envolva numa questão destas. Os lamentáveis comentários de um apresentador de TV não são um "caso nacional", muito menos representarão a opinião do israelita comum. É caso para dizer: "a montanha pariu um rato..."
Shalom, Israel!

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