O ministro israelita para os Assuntos Estratégicos Ron Dermer, associado do primeiro-ministro Netanyahu, afirmou numa entrevista a um canal de TV que Israel não sairá do "corredor Philadelphi" durante a 1ª fase do acordo de cessar-fogo com o Hamas, ficando no entanto a porta aberta para essa possibilidade mediante negociações para a segunda fase do acordo.
"Na fase 1, Israel irá permanecer nessa linha até termos uma solução prática no terreno que possa convencer o povo de Israel...de que aquilo que sucedeu no dia 7 de Outubro não voltará a acontecer...que o Hamas não volte a rearmar-se" - afirmou Dermer.
A CONTROVÉRSIA DE NETANYAHU
Num discurso televisionado por todos os canais nacionais e não só, Netanyahu afirmou convictamente de que Israel não sairia daquele corredor estratégico que separa a Faixa de Gaza do Egipto, e por onde se sabe que entraram muitas das armas e munições destinadas aos terroristas palestinianos. Dermer, no entanto, sendo um dos conselheiros próximos de Netanyahu, indicou que poderiam haver arranjos alternativos no contexto de um cessar-fogo prolongado.
"A fase 1 do acordo implica negociações sobre as condições para um cessar-fogo permanente. E uma vez concluídas tais negociações, enquanto se estiver na fase 1 de cessar-fogo, de forma a chegar-se à fase 2 e a um cessar-fogo permanente, é então que se poderão discutir os arranjos de cessar-fogo a longo prazo no corredor Philadelphi" - informou o assessor.
Parece no entanto existir uma discrepância entre as afirmações de Netanyahu e estas do seu assessor. A verdade é que a permanência ou não das forças militares israelitas neste corredor estratégico será vital para um entendimento que leve a um cessar-fogo entre ambas as partes. O primeiro-ministro terá hoje um encontro em inglês com a imprensa internacional para esclarecer toda a situação.
O assessor adiantou ainda que o Hamas terá de pagar um preço elevado pelo recente assassinato dos 6 reféns num dos túneis do Sul de Gaza, uma vez que se forem feitas concessões ao Hamas, esses criminosos entenderão que assassinar reféns compensa...
Dermer criticou o Egipto por deixar passar armas pela sua fronteira, e os mediadores, em especial o Qatar, por ser um dos grandes financiadores do terrorismo, ao receber os líderes do Hamas no seu território e financiar o grupo terrorista, para além de há muito tempo andar também a financiar a "irmandade muçulmana." O assessor do governo também acusou o Qatar de "promover muita da propaganda do Hamas que é antissemita e anti-americana através da TV Al-Jazeera", controlada pelo Qatar.
Dermer espera que o acordo de cessar-fogo seja conseguido durante as próximas semanas.
Shalom, Israel!
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