A descoberta na manhã de ontem dos cadáveres de mais 6 reféns barbaramente assassinados pelos terroristas palestinianos do Hamas poucas horas antes de ter sido encontrados foi a "gota de água" para que uma grande parte da população acrescentasse revolta à expectativa de se chegar a um acordo de cessar fogo, levando a uma paralisação geral do país, com greves nacionais e centenas de milhares de pessoas a encher as ruas de Tel Aviv e outras cidades para manifestarem a sua justa indignação pela postura do governo de Netanyahu, que demonstrou colocar a questão da libertação dos reféns em segundo plano, em troca da permanência das forças militares no corredor de Philadelphi, na fronteira entre o Sul da Faixa de Gaza e o Egipto.
A greve nacional que paralisou o país deverá terminar pelas 18H00 de hoje, antecipando o horário previamente anunciado. O Tribunal Laboral já determinou entretanto que a greve termine pelas 14H30 de hoje.
O aeroporto internacional de Ben Gurion tem estado parado desde há várias horas, com voos cancelados ou atrasados, e milhares de passageiros enchendo o espaço sem qualquer alternativa para entrar nos aviões ou até recolher a bagagem. Apenas 7 voos tiveram permissão para decolar do aeroporto. Várias auto-estradas e estradas têm estado bloqueadas por manifestantes que exigem um acordo imediato para a libertação dos reféns ainda vivos. Crê-se que 101 reféns ainda permaneçam nas mãos do Hamas, embora talvez mais de 30 já se encontrem mortos.
Os protestos grassam por todo o país, com muitos manifestantes acusando o actual governo de Netanyahu de estar a colocar os seus próprios interesses e tentativa de sobrevivência política à frente dos interesses do país.
Mas nem todos concordam com esta greve geral e com as manifestações anti-governamentais, alegando que as mesma são "um prémio" ao Hamas: "Fechar a economia é um prémio ao Hamas...Isto é um encorajamento ao terrorismo...Todo nós precisamos de estar juntos contra o terrorismo, e não contra o governo" - proclamam algumas centenas de manifestantes através de cartazes nas ruas.
"VAMOS DAR UMA RESPOSTA DURA E PODEROSA AO HAMAS"
O primeiro-ministro prometeu uma resposta dura e poderosa ao Hamas pelo assassinato a sangue frio de 6 reféns horas antes de os seus corpos terem sido encontrados dentro de um dos muitos túneis usados pelos terroristas palestinianos: "Temos de dizer com clareza que vamos responder a isto com muita força" - afiançou Netanyahu aos ministros do seu gabinete, acrescentando que dentro das próximas 24-48 horas será proposta uma recomendação visando a que haja uma resposta muito rápida, pesada e precisa ao Hamas. "Se não o fizermos, veremos outros assassinatos deste género" - acrescentou o primeiro-ministro.
A reacção norte-americana, tanto do actual governo, como do candidato a vice-presidente é de revolta e consternação, classificando o Hamas como "uma organização terrorista brutal", e condenando nos termos mais fortes a organização palestiniana pelas contínuas atrocidades contra americanos e israelitas.
Lloyd Austin, o secretário da Defesa dos EUA, num telefonema ao ministro da Defesa israelita Yoav Gallant, afirmou que "os líderes do Hamas têm de ser responsabilizados pelos seus crimes", tendo ambos concordado sobre a necessidade urgente de se chegar a um acordo de cessar fogo que permita a libertação dos reféns ainda vivos.
Os EUA, juntamente com o Egipto e o Qatar estão a preparar um esboço final para um acordo de cessar fogo e libertação de reféns em troca de prisioneiros em Israel, classificando esta proposta a apresentar como a última, e classificando-a como algo a "pegar ou largar", acrescentando que não se pode continuar sempre nisto...
"EXECUTADOS POUCO ANTES DO RESGATE"
Os corpos dos 6 reféns - um dos quais norte-americano - foram ontem extraídos de um túnel em Rafah, e entretanto transportados para Israel. Trata-se de jovens entre os 23 e os 40 anos, que, à excepção de um, participavam no festival de música "Nova Festival" no dia 7 de Outubro, onde os terroristas palestinianos assassinaram centenas de jovens e levaram outros cativos como reféns para a Faixa de Gaza. Crê-se que todos terão sido executados a sangue frio com vários tiros na cabeça, poucas horas antes de terem sido encontrados pelas forças israelitas.
A consternação e a revolta inundaram toda a nação de Israel. Até onde isto irá? Só Deus sabe!
Shalom, Israel!
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