Tal como previsto, entrou em vigor às 04H00 desta manhã o acordo de cessar fogo entre as IDF e o Hezbollah, válido por 60 dias, findos os quais se poderá entrar num acordo mais permanente. Este acordo foi promovido pela administração Biden, em parceria com o presidente francês Macron, culminando assim um período de 14 meses de ataques e combates entre o grupo terrorista xiita e as forças de defesa de Israel. A região do Líbano onde nestes últimos 2 meses se travaram intensos combates e bombardeamentos está anormalmente tranquila, esperando-se que permaneça assim por um bom tempo. Quem dera que para sempre...
O acordo foi inicialmente anunciado pelo primeiro-ministro Netanyahu através das TVs israelitas, e posteriormente pelo presidente norte-americano Joe Biden. A votação da aceitação da proposta pelo gabinete de segurança de Israel com o qual Netanyahu se havia reunido votou a aceitação da proposta, com 10 votos a favor e apenas 1 contra. Apesar desta "euforia" legítima, os líderes municipais do Norte sentem-se traídos e revoltados, alegando que esta "rendição" às pressões norte-americanas só vai permitir ao Hezbollah poder reagrupar-se e rearmar-se para o próximo ataque a Israel...A verdade é que as forças do Hezbollah e a sua liderança foram fortemente dizimadas, e demorará algum tempo para se recomporem. A comunidade internacional, em especial a França, o Reino Unido e os EUA têm agora uma grande oportunidade de fortalecer e apoiar o exército do Líbano, para que ele próprio consiga combater qualquer tentativa de entrada do Hezbollah nas regiões do Sul do Líbano.
Numa das cláusulas do acordo, Israel atacará toda e qualquer passagem de armamento do Irão que passe pela Síria, ao mesmo tempo que poderá atacar posições terroristas nesse país, no Iraque e em qualquer outra parte que ameace a segurança do estado de Israel.
Cedo pela manhã milhares de pessoas começaram a deslocar-se nos seus carros para o Sul do Líbano, contrariando as condições exigidas por Israel, que dará indicações de quando os civis poderão regressar em segurança àquela região. As IDF detiveram 4 membros do Hezbollah que tentavam passar também para a região da fronteira com Israel.
Durante os 60 dias que se seguem, as IDF irão retirar-se pouco a pouco do território libanês, o Hezbollah não poderá ultrapassar o rio Litani para Sul, e as forças do exército regular do Líbano estarão a ocupar a região fronteiriça, juntamente com os soldados da UNIFIL. A situação é no entanto muito frágil, e dentro das cláusulas do acordo está a possibilidade de Israel intervir de imediato caso se dê algum sério ataque por parte do grupo terrorista.
OS 12 PONTOS DO ACORDO:
1 - O Hezbollah e todos os outros grupos armados em território libanês cessarão as operações ofensivas contra Israel.
2 - Israel não prosseguirá quaisquer ofensivas militares contra alvos no Líbano por terra, ar e mar.
3 - O Líbano e Israel reconhecerão a importância da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.
4 - Estas obrigações não minarão o direito de Israel e do Líbano de exercitarem o seu direito de auto-defesa.
5 - As forças oficiais de segurança do Líbano e as LAF (Forças Armadas do Líbano) serão as únicas entidades armadas autorizadas a carregar armas ou colocar forças no Sul do Líbano.
6 - Todas as vendas, transferências, ou produção de armas ou de materiais relacionados para o Líbano estarão sobre a supervisão e controle do governo do Líbano.
7 - Todas as instalações não autorizadas envolvidas na produção de armas ou de materiais relacionados serão desmanteladas.
8 - Mais adiante, será estabelecida uma comissão mutuamente aceite por Israel e pelo Líbano para monitorizar e assistir na implementação destas obrigações.
9 - Ambos os países reportarão à comissão e à UNIFIL toda a violação destas obrigações.
10 - O Líbano colocará as suas forças oficiais de segurança e LAF ao longo de todas as fronteiras, travessias, e da linha que designará o Sul do Líbano no plano acordado.
11 - Israel irá simultânea e gradualmente retirar as suas forças a Sul da "linha azul" ao longo dos 60 dias.
12 - Os Estados Unidos avançarão com negociações entre Israel e o Líbano visando o estabelecimento de uma fronteira reconhecida internacionalmente.
Que assim seja!
Shalom, Israel!
Sem comentários:
Enviar um comentário