Tudo leva a crer que será finalmente assinado um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Líbano. A proposta feita pelos EUA foi já aceite pelo Líbano (e pelo representante do Hezbollah no governo libanês), e também por Netanyahu. Amanhã à tarde o gabinete de segurança de Israel irá reunir para abordar a proposta e votar a mesma, acreditando-se que será aprovada. Na proposta, haverá um cessar-fogo com duração de 60 dias, findos os quais, se nada acontecer que leve a que Israel tenha de intervir, haverá então uma resolução final e duradoira. A reunião será pelas 17H30 no gabinete de guerra em Tel Aviv. Devido à importância desta decisão, a reunião deverá prolongar-se pelo menos até às 21H00.
Entretanto, e como é "clássico" nas guerras, sempre que se aproxima um cessar-fogo, há uma intensificação nos combates, pois as partes em conflito querem demonstrar ao seu povo que são vitoriosos e que "estão por cima"...
Após a aprovação pelo gabinete, espera-se que o presidente Macron e o presidente Biden façam um anúncio oficial do acordo. Tanto um como outro precisam de se promover e, no caso de Biden, sair da presidência com algum "trunfo" na mão...
Quem não está contente com este acordo são os presidentes dos municípios das cidades fronteiriças do Norte de Israel, que classificam este acordo como um "acordo de rendição." Estas comunidades temem que, não havendo uma destruição completa do Hezbollah, muito em breve se voltem a repetir os ataques contra Israel, uma vez que certamente o Irão irá continuar a fornecer armas ao grupo terrorista.
O acordo permitirá às IDF atacarem no Líbano caso o Hezbollah viole as regras do cessar-fogo, e isso inclui qualquer tentativa para se rearmar. O cessar-fogo não significa contudo o fim da guerra, mas um primeiro passo nesse sentido. Durante os 60 dias iniciais o exército do Líbano ocupará toda a zona do Sul do país anteriormente ocupada pelo Hezbollah. As forças do IDF retirar-se-ão entretanto para o Norte de Israel. A coordenação deste processo será feito entre as IDF, o comando central das forças norte-americanas, e a França, para além do governo oficial do Líbano.
Segundo as IDF, desde o início da guerra contra o Hezbollah, cerca de 280 alvos do grupo terrorista foram atingidos pela força aérea israelita nos subúrbios de Beirute, cerca do dobro dos que foram atacados na guerra de 2006. Ontem mesmo foram atingidos 20 posições em Dahiyeh. Até agora, o Hezbollah lançou desde o início do dia 40 rockets contra Israel, com metade sendo interceptados, um número muito inferior ao de ontem, em que o Norte de Israel foi atacado com mais de 250 rockets.
Shalom, Israel!
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