Apesar de alguma precaução, Netanyahu mostrou-se mesmo assim optimista em relação às conversações em curso com o Hamas para a libertação de reféns em troca de prisioneiros.
O primeiro-ministro falou esta manhã numa sessão plenária no Knesset - parlamento israelita - expressando um optimismo cauteloso: "Gostaria de vos dizer com os devidos cuidados, de que há algum progresso e há três razões em particular para este progresso. Em primeiro lugar, Sinwar (o falecido líder do Hamas) já não está mais connosco. O Hamas contava que o Hezbollah e o Irão viessem em sua ajuda, mas eles estão agora a lamber as suas feridas. E o próprio Hamas está a levar cada vez mais ataques. Por isso, há progresso. Não sei quanto tempo vai durar, mas estamos a fazer esforços."
Poucos dias antes da celebração do Hannukah (Festa das Luzes), Netanyahu afirmou que a felicidade não pode estar completa "até que tenhamos todos os reféns de volta a casa."
"Não posso dizer-vos tudo o que estamos a fazer, mas estamos a agir significativamente a todos os níveis."
"Continuaremos agindo de todas as formas, sem parar, até que trazermos todos para casa do campo inimigo."
Segundo Netanyahu, os feitos militares de Israel "estão a mudar a face do Médio Oriente."
"Os nossos contínuos sucessos e de vitórias inspiram enorme apreciação na nossa região e em todo o mundo" - afirmou Netanyahu, afirmando que até os inimigos percebem a escala dos sucessos militares de Israel.
"Ele vêem a enorme destruição que o Hamas e o Hezbollah trouxeram sobre si mesmos pelas suas próprias mãos. Eles estão olham para a eliminação dos seus líderes nos vários escalões, não restando mais nenhum."
Netanyahu condenou ainda a oposição por fazer troça da sua insistência na vitória total: "A realidade é mais forte que o vosso desprezo e troça."
Tivesse Israel parado a guerra antes de entrar em Rafah e de tomar o controle do corredor de Filadélfia, ao longo da fronteira entre Gaza e o Egipto, e antes de derrubar o Hezbollah, tal como apelaram muitos da oposição, isso significaria uma vitória para o Irão e para o seu eixo do mal, e "não levaria à libertação de ninguém."
"Vez após vez temos provado quem está certo e quem está errado".
O primeiro-ministro alertou ainda no seu discurso para o facto de existirem ainda mais desafios a enfrentar: "Não tiramos os olhos do Irão, que ameaça destruir-nos, e estamos determinados a evitar que o Irão obtenha armas nucleares e outras armas que possam ameaçar as nossas cidades e a nossa pátria."
Referindo-se ao Iémen, Netanyahu disse que os recentes ataques de Israel sobre os houthis "não são os primeiros, e digo-vos que não serão os últimos. Já destruímos activos terroristas significativos que os houthis têm e que foram usados contra nós."
Netanyahu disse ainda que é possível expandir o círculo de paz ao redor de Israel. Ele despreza a idéia de que a paz com os árabes depende da paz com os palestinianos: "Não têm ideia do que estão a falar. E nós conseguimos quatro acordos históricos de paz com os Acordos de Abraão. E digo-vos agora que haverão mais acordos."
"Não quero com isto dizer que a questão palestiniana não nos torne as coisas difíceis."
Mas "há uma mudança" - afirmou, acrescentando: "E se vocês acham que os nossos vizinhos árabes não estão vendo a realidade que muitos de vós aqui, pelo menos alguns de vocês, tentam negar, as alterações tectónicas que aqui estão a ter lugar não estão a surgir do acaso."
Os sucessos de Israel na actual guerra, alega Netanyahu, "criam oportunidades para expandir o círculo da paz, e os países árabes moderados vêem Israel como uma potência regional e um possível aliado para assegurar a sua segurança, estabilidade, e prosperidade de toda a região. E eu tenciono explorar a fundo esta oportunidade, juntamente com os nossos amigos americanos."
Shalom, Israel!
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