Dois funcionários da embaixada de Israel, em Washington, foram ontem assassinados a sangue frio pelas 21H15 locais, quando saíam de um evento no Museu Judaico na capital norte-americana.
Os dois funcionários estavam noivos e iriam oficializar o seu noivado oficialmente na próxima semana em Jerusalém. Segundo o embaixador de Israel nos EUA, "o jovem comprou um anel esta semana com intenção de pedir a sua namorada em casamento na próxima semana em Jerusalém." Segundo a embaixada, os jovens Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim "estavam no auge das suas vidas."
Yaron tinha 28 anos e trabalhava no departamento político da embaixada de Israel. Era detentor de um mestrado e de uma licenciatura em relações internacionais. Não se conhece ainda a idade de Sarah, apenas que ela trabalhava no departamento da diplomacia pública e era detentora de um mestrado em estudos internacionais. Sarah era de nacionalidade norte-americana, e Yaron tinha nacionalidade israelita e também alemã.
Sarah Milgrim estava também envolvida no "Tech2Peace", um grupo que junta israelitas e palestinianos na indústria tecnológica. Sarah era "calorosa e compassiva, engajada na construção da paz e apaixonada pela sustentabilidade e pelas relações inter-pessoais."
Tudo aconteceu quando o assassino se aproximou de um grupo de quatro pessoas e disparou a matar. O indivíduo foi visto a caminhar junto à porta do museu antes do ataque, entrou no museu após ter feito os disparos, tendo sido detido pelos elementos da segurança do evento. Já sob custódia policial, o assassino gritou: "Palestina livre, livre!"
O atirador já foi identificado. Chama-se Elias Rodriguez, tem 30 anos, é oriundo de Chicago, e quando entrou no museu foi inicialmente confundido com uma vítima. Trata-se de um militante da extrema esquerda.
"Eram cerca das 21H07 quando ouvimos tiros" - informou Katie Kalisher, acrescentando: "Depois, um homem entrou, parecia muito perturbado e as pessoas estavam a falar e a tentar acalmá-lo. Finalmente, veio até onde eu estava sentada e eu perguntei: 'Precisas de água? Estás bem?'"
Depois dos disparos, o segurança deixou-o entrar no museu, pois pensava-se que ele seria uma das vítimas e estava encharcado pela chuva. O homem estava em choque. Depois de ter recebido água e terem-no ajudado a sentar-se, o indivíduo pediu para chamarem a polícia. Pouco depois, o criminoso pegou num lenço típico do Médio Oriente - o "keffiyeh" - e, assumindo a responsabilidade pelo ataque, e sem demonstrar violência, disse: "Fiz isto, fiz isto por Gaza."
O bandido ainda gritou: "Só há uma solução, a revolução da Intifada." Quando estava sendo retirado do edifício, ainda vociferou: "Palestina Livre!"
Numa conta administrada pelo assassino na internet, ele apelava num manifesto de 900 palavras aos sentimentos anti-israelitas, incluindo referências a tomarem-se acções violentas contra israelitas, para além de mensagens de apoio ao Hamas e ao Hezbollah.
REACÇÕES NOS EUA
Toda a equipa da embaixada israelita em Washington encontra-se em estado de choque e devastada pelo assassinato. "Não há palavras para expressar a profundidade da nossa dor e o horror perante esta perda devastadora" - assim rezava uma nota emitida pela embaixada.
O presidente Donald Trump já se manifestou, qualificando o sucedido como "horrível", acrescentando que o ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA.
REACÇÃO DE ISRAEL
Israel já comentou o ataque, afirmando que o mesmo "tem uma ligação directa ao incitamento ao ódio antissemita e anti-israelita." A Europa foi acusada por esta ligação, embora alguns países já se tenham pronunciado e condenado a tragédia.
O presidente israelita Isaac Herzog, que conheceu o casal há 6 meses durante uma visita a Washington, descreveu os dois jovens como "flores que foram arrancadas mesmo antes de poderem ficar noivos e construir uma vida juntos."
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu já ordenou o reforços das medidas de segurança nas missões diplomáticas israelitas no mundo.
HIPOCRISIA EUROPEIA
A União Europeia - a mesma que ontem mesmo votou a favor da revisão dos acordos com Israel e que condenou veementemente o incidente ontem ocorrido com alguns diplomatas que desobedeceram às ordens de Israel quando da visita a Jenin - vem agora através da sua chefe da diplomacia europeia derramar lágrimas de crocodilo, dizendo-se "chocada", vincando que "não há lugar para o ódio e o extremismo." Ou seja: fazem o incitamento ao ódio contra Israel, e depois surgem como "solidários" com a dor do povo judeu. Hipocrisia pura...!
Até o ministro português Paulo Rangel veio agora "condenar profundamente o ataque": "É inaceitável. Por um lado, porque é um acto antissemita e, por outro, porque viola a Convenção de Viena."
A França já deu ordens à polícia para "aumentar a vigilância nos locais ligados à comunidade judaica", indicando que as medidas de segurança deverão ser "visíveis e dissuasoras." Macron já enviou as suas alegadas condolências ao presidente israelita.
ACUSAÇÕES DE ISRAEL
Gideon Saar, chefe da diplomacia israelita, acusou os países europeus de "incitarem ao ódio."
"Existe uma ligação directa entre o incitamento ao ódio antissemita e anti-israelita e este assassinato" - afirmou Saar numa conferência de imprensa em Jerusalém.
"Este incitamento vem também de dirigentes e funcionários de muitos países e organizações internacionais , nomeadamente da Europa."
Aguarda-se agora que a justiça norte-americana aja com toda a severidade, trazendo alguma justiça, já que a estas duas preciosas vidas foi roubada a possibilidade de desfrutar de um futuro próspero e feliz...
Shalom, Israel!
2 comentários:
Aqui no Brasil o antissemitismo está explodindo também principalmente na esquerda
Palestina livre é o novo hail Hitler
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