quinta-feira, junho 13, 2019

CRISTIANISMO EM VIAS DE EXTINÇÃO NO LOCAL ONDE NASCEU: BELÉM DA JUDEIA

Os cristãos árabes palestinianos que ainda restam na bíblica cidade de Belém, onde o rei David e o Rei dos Reis nasceram sofrem intensa opressão por parte dos muçulmanos, estando a resiliente população cristã praticamente em vias de extinção.
Os relatos de perseguição e violência são constantes, mas as autoridades locais - a Fatah - exerce uma forte pressão sobre os cristãos de Belém para que não relatem os actos de violência e de vandalismo que constantemente sofrem, uma vez que tal publicidade negativa iria prejudicar a falsa imagem que a Autoridade Palestiniana tenta transmitir ao mundo de que é capaz de proteger as vidas e os bens da minoria cristã que está sob o seu governo...Tal imagem iria causar repercussões negativas nas enormes ajudas prestadas à AP pela comunidade internacional, especialmente pela Europa.
Para a Autoridade Palestiniana é de todo o interesse transmitir ao mundo uma imagem que retrate os palestinianos como vítimas da "injusta agressão e descriminação" por parte de Israel. Tal narrativa estaria em causa, caso a comunidade internacional se apercebesse da realidade no terreno: palestinianos perseguindo outros palestinianos unicamente por questões de religião.

OCULTADAS DOS MEDIA
Para a Autoridade Palestiniana é muito mais importante ocultar aos media internacionais os constantes ataques aos interesses cristãos do que os ataques em si. E parece que têm sucesso. Só alguns "corajosos" se atrevem a reportar tais incidentes, levando a que os principais meios de comunicação internacionais ignorem por completo a situação dramática que se vive na região sob administração palestiniana.
"A sistemática perseguição aos cristãos árabes que vivem nas regiões palestinianas encontra um quase completo silêncio da comunidade internacional, dos activistas dos direitos humanos, dos media e dos ONG...Numa sociedade onde os cristãos árabes não têm voz nem protecção, não é surpresa que estejam a sair" - afirmou Justus Reid Weiner, advogado e intelectual conhecedor da região.
Segundo a organização cristã "Portas Abertas", os cristãos palestinianos vêm sofrendo de um "elevado" nível de perseguição, sendo a sua origem - nas próprias palavras da organização - a "opressão islâmica."
"Aqueles que se convertam do islamismo para o cristianismo enfrentam no entanto a pior perseguição cristã, e é para eles difícil participarem em segurança nos cultos das igrejas. Na Margem Ocidental eles são ameaçados e colocados sob intensa pressão, em Gaza a sua situação é tão perigosa que eles vivem a sua fé cristã no maior segredo...A influência da ideologia islâmica radical está em crescendo, e as igrejas históricas têm de usar de diplomacia nos seus contactos com os muçulmanos" - afirma um relatório das "Portas Abertas."
Segundo esta organização, apesar de serem relatadas perseguições em outras regiões do mundo de domínio islâmico, como no Paquistão, Egipto, Nigéria, etc., pouco se fala acerca dos cristãos que vivem sob a administração da Autoridade Palestiniana. 

VANDALISMO CONTRA IGREJAS CRISTÃS
Têm havido constantes relatos de vandalismos a templos cristãos em Belém, como por exemplo, no passado dia 13 de Maio, em que intrusos vandalizaram uma igreja cristã maronita no centro de Belém, profanando-a e roubando equipamento dispendioso pertencente à igreja, incluindo as câmaras de vigilância. Três dias depois, a "sorte" calhou à igreja anglicana na povoação de Aboud, perto de Ramalá. Vândalos cortaram a vedação, quebraram os vidros da igreja e entraram. Conspurcaram o espaço e roubaram muito equipamento valioso. 
Segundo informações na página do Facebook da igreja em Belém, esta já é a sexta vez em que esta igreja é sujeita a actos de vandalismo e roubo, incluindo um fogo posto em 2015 e que causou enormes prejuízos, deixando a igreja encerrada durante muito tempo. 
Enquanto estes actos de vandalismo contra os templos cristãos passaram a ser a norma, há também um outro problema, tão grave ou ainda pior: bandos de muçulmanos atacando cristãos, impondo-lhes um imposto - o dhimmis - como compensação pela "tolerância" que lhes é atribuída como "cidadãos de terceira classe", já para não falarmos da perda de direitos a que estão sujeitos. 
Apesar dos apelos de ajuda dirigidos às autoridades palestinianas, estas não reagem nem agem em conformidade.

EM VIAS DE EXTINÇÃO
A triste realidade é que o cristianismo está em vias de extinção na precisa terra onde nasceu. De facto, a basílica da Natividade tem longas filas de turistas desejosos de descer à suposta gruta onde Jesus nasceu. Os cultos continuam a ser realizados regularmente, tanto na Igreja cristã ortodoxa como na católica. Essa é a face que os palestinianos querem mostrar ao mundo, em especial aos milhares de turistas que ali afluem. Mas a realidade dos cristãos que ali vivem é outra, e essa sim, deveria ser denunciada alto e bom som, para que o mundo se aperceba que os palestinianos nem para si próprios são misericordiosos, muito menos tolerantes...
Quando Belém fazia parte do território israelita, cerca de 60% da população era árabe cristã. Actualmente, sob a administração palestiniana, não ultrapassa os 15%...

Shalom, Israel!

1 comentário:

Jairo Vasconcellos. disse...


Muito triste a citada reportagem de perseguição. Dentro do território de Israel,
vários povos de nações diferentes caminham, trabalham, recebem
tratamento hospitalar , vivem em harmonia.