Hoje é um daqueles dias em que os olhos do mundo estão focados no Médio Oriente... Israel... Jerusalém! De facto, é assim que a agenda profética se irá cada vez mais desenrolar. A História humana começou naquela região e é lá que tudo indica se encerrará este ciclo civilizacional.
No seu discurso de arranque na cimeira económica a decorrer no Barhein, com o objectivo anunciado de se desenvolverem esforços e recursos para ajudar a economia palestiniana - nada menos do que 50 biliões de dólares, já entretanto rejeitados pelos palestinianos - o mentor do "acordo do século"- ou seja, a tentativa para (mais um) acordo de paz entre israelitas e palestinianos - Jared Kushner, genro do actual presidente norte-americano Donald Trump, tentou uma aproximação aos irados palestinianos, prometendo que "a América não desistiu de vós."
Kushner afirmou que "O acordo numa trilha económica em progressão é uma pré-condição necessária para a resolução dos assuntos previamente insolúveis."
E, para tentar contentar ambas as partes, o judeu praticante Kushner, afirmou no seu discurso inaugural: "Para ser claro, o crescimento económico e a prosperidade para o povo palestiniano não são possíveis sem uma solução justa e duradoura para o conflito - uma solução que garanta a segurança de Israel e que respeite a dignidade do povo palestiniano."
A cimeira económica tem a duração de dois dias, e conta com a presença de homens de negocio do mundo inteiro, incluindo israelitas e palestinianos, embora sem representação oficial.
ENTRETANTO, EM JERUSALÉM...
Tal como anunciado, Jerusalém está a assistir pela primeira vez a uma cimeira trilateral, envolvendo representantes de alto nível das duas superpotências e Israel. A cimeira decorreu durante o dia de hoje, mas só veio demonstrar o quanto a Rússia está comprometida com o parceiro Irão, não abrindo mão da parceria política e económica com o regime ditatorial dos ayatollahs, responsável pela instabilidade actual vivida no Golfo e pelas constantes ameaças a Israel.
O foco da cimeira foi a questão da Síria e do Irão, tendo o representante russo Nikolai Patrushev afirmado serem "inaceitáveis" as tentativas para "demonizar" a República Islâmica do Irão. O representante norte-americano John Bolton, por seu turno, afirmou que, caso o regime de Teerão ultrapasse o limite estabelecido para o enriquecimento de urânio, "todas as opções estão em cima da mesa."
O representante russo veio ainda criticar Israel, alegando que os ataques aéreos na Síria são "indesejáveis", aproveitando ainda para condenar as tentativas para isolar o Irão.
Na sua intervenção inicial, o primeiro-ministro Netanyahu apelou para que os três países concordassem em expelir as forças estrangeiras da Síria, acrescentando que Israel não permitirá que o Irão estabeleça uma base militar permanente naquele país vizinho.
Questionado sobre se no caso de o Irão ultrapassar o limite estabelecido no acordo nuclear os Estados Unidos lançariam um ataque, Bolton limitou-se a afirmar que "seria um sério erro o Irão ignorar esses limites."
Confesso que esperava mais desta cimeira. Mas, como ficou bem patente, tudo não passou de mais uma encenação que tenta fazer crer que tudo está sob controle, quando de facto se sabe bem que a Rússia não cederá aos seus interesses económicos e estratégicos, ou não fosse o Irão um dos maiores produtores mundiais de petróleo...
Shalom, Israel!
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