Estes últimos dias têm sido marcados por surpreendentes e até há bem pouco inimagináveis notícias: depois da formalização das relações diplomáticas entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, ainda que com contornos duvidosos, é agora um dos países mais inimigos de Israel que se propõe estabelecer relações diplomáticas com Israel: nada menos, nada mais, que o Sudão, um país de grande maioria islâmica...
Segundo um responsável de Cartum, a capital do país, "não há razão para que a inimizade continue", acrescentando que a assinatura do acordo deverá efectivar-se até ao final deste ano. Netanyhu, por seu lado, já respondeu, dizendo que tudo fará para que este acordo se concretize.
Segundo declarações de um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Sudão esta manhã à "Sky News Arabia", o Sudão "aspira a um acordo de paz com Israel...uma relação de iguais construída sobre os interesses de Cartum."
E a declaração não se ficou por aqui. "Não há razão para que a inimizade continue. Não negamos a comunicação entre ambos os países."
Esta reviravolta de atitude no governo do Sudão é impressionante, tendo em conta que o país muçulmano esteve na linha da frente da famosa política dos "3 nãos" da Liga Árabe exarada em 1967: não à paz com Israel, não ao reconhecimento de Israel, e não às negociações com Israel.
Netanyahu aplaudiu a decisão do Sudão, declarando: "Israel, o Sudão e a região beneficiarão todos com um acordo de paz, sendo assim capazes de construírem juntos um futuro melhor para todas as nações da região."
Ontem mesmo o Oman confirmou o estabelecimento de conversações com Israel visando um futuro entendimento, sabendo-se que estão "na calha" outros países árabes e muçulmanos...
Tempos impressionantes estes. Apesar de todos os justificados receios, algo de novo poderá estar de facto a acontecer no Médio Oriente...
Shalom, Israel!
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