Escavações arqueológicas em curso em Jerusalém trouxeram à luz uma parte da muralha da Cidade que se acredita seja dos dias do 1º Templo. Pensa-se que esta muralha será dos dias da Idade do Ferro e que terá sido construída pelos líderes do Reino de Judá para proteger a Cidade.
Os exércitos invasores babilónios não destruíram no entanto a totalidade da muralha protectora, e partes da mesma têm-se mantido até aos dias de hoje, exactamente tal como foram agora descobertas. Esta parte que faltava encontrar deveria estar ligada a outros dois segmentos previamente descobertos na encosta oriental.
Já na década dos anos 60 a arqueóloga britânica Kathleen Kenyon havia descoberto uma secção da muralha na parte norte da encosta, tendo-a então datado aos dias do reino de Judá. Cerca de uma década depois, o arqueólogo israelita Yigal Shiloh descobriu uma longa extensão da muralha durante escavações efectuadas na parte sul da encosta.
A reconstrução das secções que foram desmanteladas durante escavações anteriores no início do século 20 possibilitam identificar pelo menos quase 30 metros da muralha remanescente a uma altura de 2,5 metros e a uma profundidade de cerca de 5 metros.
No 2º Livro dos Reis 25.10, encontramos uma descrição da conquista da Cidade pelos babilónios: "E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém." Contudo, parece que os babilónios não destruíram a muralha oriental, possivelmente por causa da forte inclinação de 30º da encosta oriental da Cidade de David em relação ao vale de Kidron.
Evidências da destruição e do saque da Cidade podem ser vistas dentro de uma construção que permaneceu de pé junto à muralha - foram encontradas dentro da mesma filas de jarras para armazenamento que foram esmigalhadas quando o edifício ardeu e colapsou. As jarras têm pegas gravadas em forma de rosa "rosette", associadas aos últimos anos do reino de Judá.
Perto da muralha, os arqueólogos encontraram um sinete babilónico em pedra retratando uma figura postada diante de símbolos dos dois deuses babilónios Marduque e Nabu. E não longe dali, uma "bulla" - um sinete em barro com o nome judaico "Tsafan."
Shalom, Israel!
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