Ridícula, para não usar outra expressão, é a decisão ontem tomada e anunciada da gigante de gelados "Ben & Jerry's" de boicotar a venda dos seus produtos no alegado "território ocupado da Palestina."
Apesar desta condenável decisão, a marca alega que continuará a estar à venda em Israel. Para este gigante da distribuição alimentar, os "territórios ocupados" referem-se às regiões bíblicas e israelitas da Judeia e Samaria.
"Cremos que é inconsistente com os nossos valores que os gelados da Ben & Jerry sejam vendidos no Território Palestiniano Ocupado (TPO). Nós também escutamos e reconhecemos as preocupações que nos são partilhadas pelos nossos fãs e parceiros de confiança" - assim reza a decisão da marca.
Não se sabe se este ridículo boicote também incluirá Jerusalém oriental, que os árabes palestinianos querem como capital de um ilusório estado palestiniano.
DECISÃO CONDENADA EM ISRAEL
O actual distribuidor da marca em Israel condenou a decisão da empresa de gelados : "A decisão é inteiramente inaceitável. A "Ben & Jerry's International" decidiu não renovar o seu acordo connosco dentro de um ano e meio, depois de termos rejeitado a sua exigência de parar a distribuição por todo o Israel. Apelamos ao governo de Israel e aos consumidores: não deixem que eles boicotem Israel!" E acrescentou: "Mantenham os gelados fora da política!"
O distribuidor apelou ainda aos consumidores israelitas para passarem a consumir produtos locais.
O primeiro-ministro Bennett emitiu um comunicado, alegando que a decisão foi um erro: "A Ben & Jerry's decidiu classificar-se como um gelado anti-Israel. Esse é um erro moral e acredito que se tornará também num erro comercial."
"O boicote contra Israel... reflete que eles perderam por completo o rumo. O boicote não funciona, e não vai funcionar, e iremos combatê-lo com toda a nossa força" - acrescentou Bennett.
Bennett já avisou entretanto a empresa norte-americana de "severas consequências" ao boicote.
Yair Lapid, actual ministro das Relações Exteriores, também condenou a decisão da empresa, classificando-a como "uma desgraçada capitulação ao capitalismo, ao BDS, e a tudo o que é mau no discurso anti-Israel e anti-judaismo." O ministro disse ainda que irá pedir aos mais de 30 estados norte-americanos com leis anti-BDS para que as implementem contra a empresa, como retaliação. As leis exigem que os estados desinvistam em empresas que boicotam Israel.
O líder do Conselho Regional da Samaria, Yossi Dagan, insurgiu-se contra a empresa norte-americana por abandonar as suas vendas em áreas reivindicadas pelos palestinianos para o seu futuro estado: "Os residentes da Samaria e desta terra permanecerão fortes muito depois de os gelados da Ben & Jerry's se derreterem e desaparecerem do mundo" - afirmou, acrescentando: "Não cederemos a este antissemitismo que permeou a comunidade judaica norte-americana" - referindo-se aos "judeus progressistas" fundadores desta marca.
Fundada em Vermont, EUA, em 1978, a marca de gelados é agora pertença da distribuidora mundial Unilever.
REACÇÕES NOS EUA
Os supermercados kosher nos EUA estão neste momento a considerar o que fazer com os seus stocks de gelado. Várias cadeias de supermercados em Nova Iorque já decidiram entretanto remover todos os produtos da marca das suas prateleiras.
"A Seasons retirou todos os produtos da Ben & Jerry's de todas as suas lojas como resultado da decisão da fábrica de gelados de cessar as vendas em partes de Israel. Nós estamos ao lado de Israel. Sempre" - reza o comunicado de uma das grandes cadeias de supermercados "Seasons."
Shalom, Israel!
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Shalom
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