Nas duas conferências de imprensa realizadas ontem - a primeira para os media internacionais e a segunda para os locais - o primeiro-ministro de Israel defendeu a decisão de expandir a guerra dentro de Gaza e condenou os media por espalharem "mentiras malignas."
A meio de um crescente criticismo internacional, e com mais estados a prometerem reconhecer um estado (terrorista) palestiniano, como foi agora o caso da Austrália, Netanyahu defendeu ontem a necessidade de atacar os dois últimos bastiões do Hamas na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro salientou a necessidade de "libertar Gaza do Hamas" e de libertar os reféns israelitas.
Saudando a oportunidade para "atacar as mentiras e contar a verdade", Netanyahu sublinhou que o Hamas continua a oprimir a população de Gaza, afirmando ainda que o grupo terrorista "rouba a sua comida e dispara sobre a população quando esta se tenta deslocar para zonas seguras", ainda que seja de referir que muito residentes de Gaza estão agora a retaliar contra o Hamas.
"Eles estão pedindo ao mundo: Libertem-nos, libertem-nos, e libertem Gaza do Hamas."
"Nenhuma nação pode aceitar uma organização terrorista genocida, uma organização comprometida com a sua aniquilação, a curta distância dos seus cidadãos".
Netanyahu revelou ontem os seus 5 princípios para o dia seguinte após a guerra: "Primeiro: um Hamas desarmado. Segundo, todos os reféns libertados. Terceiro, Gaza desmilitarizada. Em quarto lugar, Israel com controle de segurança geral. E em quinto lugar, uma administração civil pacífica não israelita. Isto significa uma administração civil que não educa os seus filhos para o terrorismo, não paga a terroristas, e que não lança ataques terroristas contra Israel. É isso que queremos ver em Gaza".
Segundo o primeiro-ministro, a forma mais rápida de acabar com a guerra, é as IDF "desmantelarem os dois bastiões do Hamas ainda presentes em Gaza e nos campos centrais."
Em relação à operação militar em si, Netanyahu informou ontem que primeiramente a população civil será convocada para sair da zona, permitindo que "saia em segurança das áreas de combate para zonas de segurança designadas" onde "muita comida, água e cuidados médicos" serão providenciados.
"Contrariamente às falsas alegações, a nossa política durante a guerra tem sido de evitar uma crise humanitária, ao passo que a política do Hamas é criá-la" - afirmou Netanyahu, acrescentando que até agora Israel tem permitido a entrada em Gaza de perto de 2 milhões de toneladas de ajuda. De forma a atacar a crise com a ajuda humanitária, Netanyahu afirmou que Israel iria designar corredores seguros adicionais para a distribuição da ajuda, aumentar os pontos de distribuição administrados pela Fundação Humanitária de Gaza, e a continuação de ajuda por via aérea.
O primeiro-ministro também informou os jornalistas presentes que em breve será permitido o acesso a mais jornalistas internacionais a Gaza, embora que sujeitos a considerações de segurança, visando atacar as falsas alegações internacionais de que Israel está a provocar uma crise de fome intencional.
"Os únicos que estão deliberadamente a morrer de fome em Gaza são os nossos reféns" - afirmou Netanyahu ao exibir imagens do refém israelita Evyatar David que "está a a ser deliberadamente deixado a morrer à fome por estes monstros do Hamas. E vejam o sequestrador do Hamas, olhem para a diferença. Ele está a comer e a alimentar-se bem!"
"O propósito desta conferência de imprensa é destruir as mentiras e espalhar a verdade...a imprensa internacional comprou o isco, a cana e a linha, ou seja, as estatísticas do Hamas, as suas alegações, as suas falsificações e as fotos do Hamas, por exemplo as destas 3 crianças" - denunciou, apontando para as imagens propagadas pelos media com as imagens de alegadas crianças morrendo de fome:
"O primeiro é Osama Al-Rakab. Ele está na Itália recebendo tratamento, porque Israel o levou lá...Ele tem uma doença genética que afecta os pulmões e o sistema digestivo, tornando difícil para ele absorver nutrientes e ganhar peso. O segundo é Abdul Qader Al-Fayoumi. Ele padece de uma desordem genética neurológica, atrofiando o seu sistema muscular central, que é uma condição degenerativa que atrofia os músculos, fraqueza e perda severa de peso, mas que não tem a ver com fome. Ele foi até tratado em Israel em 2018, mas devido a ser um problema congénito, não tem solução. O terceiro é o mais celebrado. Foi até foto de capa do New York Times. Ele (Mohammed Zakaria Ayoub) e sua mãe estão na capa do jornal norte-americano. Só que Ayoub "sofre de uma doença genética ligada ao cérebro. A sua mãe está bem alimentada e o seu irmão é saudável." Netanyahu mencionou a possibilidade de processar o diário norte-americano, uma vez que esta desinformação é abominável.
Segundo Netanyahu, "todas estas 3 fotos são falsas."
Concluindo as suas declarações, Netanyahu afirmou: "Este é o tipo de mentiras malignas que eram lançadas contra os judeus na Idade Média que não vamos tolerar. Não permitiremos que elas passem incólumes, e é esse o propósito desta conferência de imprensa. Espero que vocês abram os vossos olhos para um simples facto: o Hamas mente."
Shalom, Israel!
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