Violando o status quo desde há muito imposto para o Monte do Templo, que impede os judeus de orarem no mesmo, o ministro da Segurança Nacional Ben Gvir subiu ontem de manhã com uma comitiva ao Monte do Templo, onde dirigiu orações relacionadas com o Tisha B'Av, o dia da tristeza pela destruição dos Templos de Jerusalém.
Durante a sua visita ao Monte, Ben Gvir emitiu um comunicado no qual ele disse que a resposta israelita aos vídeos de propaganda do Hamas com os reféns israelitas Rom Braslavski e Evyatar David - ambos com um aspecto horrível - deveria ser "conquistar toda a Faixa de Gaza e encorajar a emigração voluntária."
"Tal como provámos ser possível governar no Monte do Templo, podemos conquistar toda a Faixa de Gaza e encorajar a emigração voluntária. Devia ser essa a resposta aos vídeos horrorosos do Hamas."
Ben Gvir dirigiu também orações Shacharit (matinais) no Monte do Templo, sendo a primeiro vez que um líder governamental dirigiu orações naquele espaço ou se envolveu em semelhantes actos religiosos.
Segundo o status quo imposto para o local, quaisquer actos religiosos judaicos, incluindo cânticos, orações cantadas e ajoelhar-se no recinto são proibidos.
Ben Gvir escreveu na sua rede social que tinha ascendido ao Monte do Templo para o jejum do Tisha B'Av, tendo ali orado pela vitória total de Israel na guerra e pelo regresso a casa dos reféns.
Como seria de esperar, logo após esta "provocação", vários países árabes demonstraram a sua raiva por esta violação do status quo, classificando-a como "comportamento inflamatório."
Ainda durante o dia de ontem foi emitida uma declaração pelo gabinete do primeiro-ministro, afirmando que a política israelita de manter o status quo no Monte do Templo "não se alterou, nem se alterará."
NÚMERO RECORDE DE VISITANTES JUDEUS
Até ao momento, mais de 3.500 judeus já subiram este ano ao Monte do Templo, um aumento de 32% em relação a igual período do ano passado. A acção de Ben Gvir irá certamente despertar o desejo de outros judeus ascenderem ao seu lugar mais sagrado, actualmente conspurcado pela mesquita de Al Aqsa e pelo Domo da Rocha.
Shalom, Israel!
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