quarta-feira, abril 03, 2013

PALESTINIANO EX-MUÇULMANO PREGA AGORA O EVANGELHO NA TV


Hazem Farraj tinha 15 anos quando se converteu ao cristianismo. Vivendo em Jerusalém oriental, filho de pais palestinianos, teve de ocultar a sua fé, especialmente do seu pai.
"Durante 3 anos eu fui um crente secreto," - confessou Farraj recentemente, numa visita a Jerusalém. E prosseguiu: "Eu costumava ir à mesquita local e até ao Domo da Rocha em Jerusalém e orar da forma islâmica, mas no meu íntimo orava a Jesus."
Farraj tem hoje 27 anos e vive na Califórnia, nos EUA onde dirige um programa de TV chamado "Reflexões" em inglês e em árabe. Farraj confessa-se grato por tudo na sua vida, mas teve também de fazer sacrifícios pela sua fé.
Farraj nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, em 1984. Tal como muitos imigrantes, o seu pai insistiu que os filhos falassem árabe em casa. Sendo um muçulmano observante, fez tudo que podia para ensinar o islamismo aos seus filhos.
Quando Farraj atingiu os 12 anos, o seu pai trouxe a família de volta para Beit Hanina, um subúrbio de Jerusalém oriental com habitantes da classe média. Os 13 membros da família estudaram o islamismo, tendo a maior parte deles radicalizado as suas convicções.
"O islão ensina a rezar 5 vezes ao dia, mas eu só o fazia 4 vezes, por ser demasiado preguiçoso para me levantar cedo para as orações matinais," - confessa ao ex-muçulmano - "Faz as orações. Memoriza os versos do Corão. Vai às aulas islâmicas e à mesquita. Para mim isso eram só acções. Quanto mais eu me aprofundava no islamismo, mais deprimente isso era para mim."
Farraj pensou então que a melhor solução era converter alguns cristãos para o islamismo. Começou então a contactar os seus vizinhos de cima, que eram cristãos, e as discussões que então se iniciaram duraram por mais de um ano e meio.
"Eu disse-lhes: E se eu vos disser que Deus pode responder às vossas orações em nome de Alá?" - lembra ele. "Bem, ele realmente não respondia às minhas orações, mas eu tinha de me agarrar a algo," - confessou, prosseguindo: "Eles diziam-me coisas que eu andava buscando, como: Lança os teus cuidados sobre Jesus, que cuida de ti, e Deus amou tanto o Hazem, que deu o Seu único Filho por ele."
Aos 15 anos, Farraj assistiu a um culto numa igreja cristã em Jerusalém oriental com estes vizinhos. O nome da Igreja não é mencionado por razões óbvias.
"Sentei-me no último banco do canto e vi algo que nunca tinha antes visto. Vi um tipo chamado Steve a cantar com uma guitarra e a sorrir como se conhecesse Jesus. Vi pessoas no altar erguendo as mãos e amando a Deus, e isso chateou-me porque eu queria que isso fosse para o o Deus do Corão."
Correu então para uma sala na parte de baixo onde lançou no chão um pedaço de tapete e orou voltado para Meca e a Arábia Saudita, segundo as regras islâmicas.
Nada aconteceu. Subiu então os degraus até à igreja e tornou-se cristão.
"Comecei a orar em nome de Jesus e algo aconteceu no interior que me transformou," - recorda Farraj.
Pouco tempo depois, irrompeu a segunda intifada, e o seu pai levou a família de volta aos EUA.
Farraj continuou a sua fé cristã como cristão oculto. Finalmente, prestes a fazer 18 anos, contou a seu pai que se tinha tornado cristão. O seu pai rompeu então todo o contacto com ele, e desde então nunca mais o viu.
Isso ainda lhe dói, passados estes 10 anos. 
"Nós nunca conseguimos vencer isso, apenas atravessamos a situação," - confessa o ex-muçulmano, acrescentando: "Isso ainda hoje me deixa ferido."
Ele também não tem qualquer relacionamento com a madrasta nem com os irmãos.
Aos 18 anos ele então foi ter com os seus ex-vizinhos, que agora moravam em Alabama.
"Dormi durante seis meses seguidos, e quando não dormia comia" - confessa Farraj, que acrescenta que engordou imenso naquela altura em que viveu uma grande depressão.
"Então um dia ouviu um programa de TV cristã, e lá estava um pregador. A voz dentro de mim - e creio que foi a voz de Deus - disse: 'Eu chamei-te para isto'. Eu sabia que isso significava que eu tinha sido chamado para falar às pessoas sobre Jesus e ajudá-las a vir à oração."
O seu programa de TV "Reflexões" alcança actualmente milhões de pessoas pelo mundo fora.
Farraj afirma que há actualmente muitos "cristãos ocultos" nos países árabes e que ele recebe muitos e-mails com agradecimentos vindos de todo o mundo árabe. 
Mas também recebe ameaças de morte.
Sabe-se que existem centenas, senão até milhares de "cristãos subterrâneos" entre os árabes na Margem Ocidental, em Israel.
Há muitos muçulmanos que estão desiludidos com o islamismo e que se convertem a Cristo, pois veem que o islão "não resulta."
Farraj afirma que a sua recente visita a Jerusalém serviu para "recarregar as suas próprias baterias" e encontrar "cristãos subterrâneos."
"Eu amo Jerusalém," - afirmou com um sorriso, acrescentando: "Estou aqui para desfrutar da espiritualidade de Jerusalém e encorajar os crentes. Eu pensava ser o único ex-muçulmano no mundo, mas eles existem realmente por todo o lado!"
Shalom!




1 comentário:

Anónimo disse...

Que benção de testemunho!
Devemos sempre nos lembrar de nossos irmãos que precisam guardar sua fé para que não serem mortos.Oremos com fé e incessantemente.Amém.

Fabiana