Sete ministros da energia de seis países e da Autoridade Palestiniana fizeram ontem avançar o "Fórum para o Gás do Mediterrâneo Oriental", através de uma vídeo conferência, num evento organizado pelo Cairo, o quartel general desta associação.
Israel fez-se representar pelo seu ministro Yuval Steinitz, e juntou na conferência os ministros da Grécia, Chipre, Jordânia, Itália e Autoridade Palestiniana. Também participaram na conferência os embaixadores de outros 3 países interessados em fazer parte deste fórum: França, EUA e União Europeia.
Este fórum foi uma iniciativa egípcia depois da descoberta de grandes reservas de gás natural nas bacias marítimas mediterrânicas do Egipto e de Israel. A ideia inicial foi a de facilitar as conversações entre países mediterrânicos relativas à exportação de gás natural, a cooperação em várias áreas relacionadas com a energia, e o avanço da construção de uma conduta marítima que conduzirá o gás até ao Sul da Europa.
A cerimónia de ontem formaliza assim a transformação do fórum para uma organização internacionalmente reconhecida, e não inclui a Turquia, actualmente em disputa com a Grécia pelo domínio das águas territoriais dos dois países.
A declaração conjunta publicada durante o lançamento diz que "a nova estrutura servirá como plataforma que unirá produtores de gás, consumidores e países de trânsito, afim de se criar uma visão conjunta e estabelecer uma sistemática e estruturada política de diálogo sobre o gás natural, conduzindo ao desenvolvimento de um mercado regional e sustentável de gás, libertando em pleno o potencial do gás natural na região, para o benefício e prosperidade do seu povo."
Nas palavras do ministro israelita, "a bênção do gás trás a cooperação regional entre países árabes e europeus, a primeira do seu tipo na História, incluindo contratos para a exportação de 30 biliões de dólares em gás azul e branco para a Jordânia e o Egipto, e isso é só o início."
Esta cooperação é muito importante para Israel. O país espera elevado retorno como resultado da descoberta e exploração dos campos de gás Leviathan e Tamar, em águas territoriais israelitas, mas, para além disso, espera também alargar a sua parceria diplomática com a Grécia e Chipre, e também com o Egipto. A aliança com a Grécia e com Chipre tem-se desenvolvido nestes últimos anos também nas áreas da cooperação militar e da defesa. A Turquia vê obviamente esta cooperação como um acto de provocação.
Shalom, Israel!
Sem comentários:
Enviar um comentário